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RioPrevidência Investe Bilhões em Master Apesar de Alertas do TCE

O RioPrevidência, fundo de pensão responsável pela aposentadoria de milhares de servidores do estado do Rio de Janeiro, tem sido alvo de intensas discussões após realizar novos aportes na ordem de R$ 1 bilhão em investimentos ligados ao Banco Master. Essa decisão ocorre mesmo diante de alertas e fiscalizações rigorosas do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que já havia emitido recomendações para que tais aplicações fossem evitadas, levantando preocupações sobre a segurança dos recursos dos aposentados. A insistência do fundo em manter e ampliar as aplicações levanta questionamentos sobre a autonomia e a transparência na gestão dos ativos previdenciários.

A rentabilidade recorde alcançada pelo RioPrevidência em 2025, embora celebrada por alguns, não diminui a apreensão levantada pelo TCE. O tribunal, em suas análises, apontou a concentração de recursos em uma única instituição financeira como um ponto de fragilidade, especialmente quando essa instituição enfrenta escrutínio público e investigações. A notícia de que o dinheiro de aposentados do Rio foi utilizado para financiar o Banco Master, conforme divulgado pelo Estadão E-Investidor, adiciona uma camada de gravidade à situação, sugerindo uma relação mais profunda do que um simples investimento.

O cenário se agrava com os alertas de vereadores, como Marcos Dias, que expressou preocupação com o risco de um colapso do Banco Master e criticou a aparente omissão do Governo do Estado diante da situação. A menção à possibilidade de uma nova Operação Delaware, a ser repetida pelo governo Castro, e a proibição, pelo TCE, de aplicar mais recursos do RioPrevidência no Banco Master, indicam que a questão transcende a esfera financeira, tangenciando aspectos de governança e integridade. Essa proibição é um indicativo claro da gravidade com que o TCE enxerga os riscos envolvidos.

Diante deste contexto, a gestão do RioPrevidência se encontra em uma encruzilhada, precisando equilibrar a busca por rentabilidade com a responsabilidade fiduciária de proteger o patrimônio dos servidores. A população e os próprios servidores aguardam por esclarecimentos transparentes e ações que garantam a segurança e a sustentabilidade do sistema previdenciário, especialmente diante de um cenário de incertezas e alertas de autoridades fiscalizadoras. A transparência e a auditoria rigorosa dos investimentos são passos cruciais para restaurar a confiança pública.