O Brasil atinge a marca de 213,4 milhões de habitantes, conforme as projeções mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este número reflete um crescimento contínuo, mas com particularidades regionais significativas. O estado de São Paulo se mantém como o mais populoso, concentrando uma parcela considerável da população nacional. A densidade demográfica em grandes metrópoles, como a própria capital paulista, é um reflexo da contínua urbanização do país e da atração que esses centros exercem em busca de oportunidades de trabalho e melhores condições de vida. Este padrão de concentração populacional em poucas cidades é uma tendência global observada em diversos países em desenvolvimento.
Uma análise detalhada dos dados do IBGE revela que um quinto da população brasileira reside em um grupo restrito de 15 cidades. Essa alta concentração em poucos municípios pode gerar desafios em termos de infraestrutura, como saneamento básico, transporte público e acesso a serviços essenciais, além de impactar o mercado de trabalho e o custo de vida nessas regiões. Compreender a dinâmica da distribuição populacional é crucial para o planejamento de políticas públicas eficazes em áreas como habitação, saúde e educação, buscando mitigar as disparidades entre as áreas mais populosas e as menos povoadas.
No cenário das capitais, Boa Vista, em Roraima, apresenta a maior taxa de crescimento populacional. Esse expressivo aumento é significativamente influenciado pelo fluxo migratório de venezuelanos, que buscam refúgio e novas oportunidades no Brasil devido à crise econômica e social em seu país de origem. O impacto dessa migração é sentido não apenas no crescimento demográfico, mas também na dinâmica social e econômica da cidade, demandando ações específicas de acolhimento e integração por parte das autoridades locais e federais.
Outro dado relevante apontado pelo IBGE é que o Brasil conta com 15 cidades que possuem mais de 1 milhão de habitantes. Esse grupo de megacidades reflete o processo de metropolização e a centralidade do poder econômico em determinados eixos urbanos do país. Paralelamente, o estado de Santa Catarina foi identificado como o segundo com maior crescimento populacional projetado entre 2024 e 2025, evidenciando um desenvolvimento regional que contrasta com a concentração observada em outros estados, atraindo novos moradores e impulsionando sua economia local.