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Braga Netto nega plano golpista ao STF e acusa Moraes de parcialidade

O ex-ministro Walter Braga Netto apresentou suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF) negando categoricamente qualquer envolvimento em planos golpistas, incluindo supostas ações para atentar contra a vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Alexandre de Moraes, relator de investigações no STF. A defesa de Braga Netto argumenta que as provas anexadas aos autos, especialmente a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, são ilícitas e que o depoimento de Cid foi obtido mediante coação, forçando-o a apresentar informações falsas. A estratégia da defesa visa descreditar o material probatório e, consequentemente, buscar a absolvição de Braga Netto em processos que tramitam na Suprema Corte. A alegação de parcialidade contra o ministro Alexandre de Moraes também se insere nesse contexto, buscando criar um ambiente de dúvida sobre a legalidade e a isenção das investigações conduzidas por ele. A defesa busca desqualificar a própria condução do processo, sugerindo que há um direcionamento e que as informações coletadas não poderiam ser consideradas válidas em um julgamento justo, levantando a questão da quebra de imparcialidade na persecução penal. Paralelamente, a defesa de Braga Netto contesta diretamente as informações prestadas por Mauro Cid, afirmando que o ex-ajudante de ordens teria sido pressionado a fornecer declarações inverídicas, transformando a delação em uma arma de perseguição política. A narrativa apresentada pela defesa sugere que Cid não agiu livremente, mas sim sob intensa pressão, o que invalidaria seus depoimentos, especialmente no que tange à suposta entrega de recursos a Cid para fins ilícitos. Essa tese busca minar a credibilidade de Cid como colaborador da justiça. O caso envolve acusações de tentativa de golpe de Estado e outras infrações penais que vêm sendo apuradas pelo STF em um inquérito que investiga supostos atos antidemocráticos. As alegações finais de Braga Netto representam uma última oportunidade para apresentar seus argumentos de defesa antes que a corte tome uma decisão sobre o mérito das acusações. A expectativa é de que a atuação de Moraes seja um dos focos centrais dos debates jurídicos nos próximos passos do processo, dada a contundente declaração de parcialidade feita pela defesa do ex-ministro. A reverberação dessas alegações na esfera pública e jurídica é significativa, pois a defesa de um ex-ministro de Estado questionar a imparcialidade de um ministro do STF e a validade de provas cruciais como a delação premiada, adiciona uma camada complexa de debate sobre os limites da justiça e a condução de investigações em instâncias superiores no Brasil, com potencial impacto na credibilidade das instituições. O desfecho deste caso poderá definir um precedente importante sobre como tais acusações e métodos de obtenção de prova serão tratados no futuro.