Autoescolas Protestam Contra Mudanças na CNH e Aulas Práticas Optativas
Um grupo expressivo de proprietários e instrutores de Centros de Formação de Condutores (CFCs) se mobilizou nesta quarta-feira em São Paulo para expressar sua forte oposição às recentes propostas que visam alterar significativamente o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A principal reivindicação dos manifestantes é a rejeição à possibilidade de tornar as aulas práticas de direção optativas para os candidatos à habilitação. Segundo os representantes das autoescolas, essa medida comprometeria a segurança no trânsito, visto que a experiência prática supervisionada é considerada fundamental para a formação de condutores responsáveis e aptos a lidar com diversas situações ao volante. A ocupação da Ponte Estaiada e carreata em diferentes pontos da cidade serviram como palco para o protesto, que busca chamar a atenção do governo e da sociedade civil para os riscos inerentes à desqualificação do processo formativo para novos motoristas. A medida proposta, que segundo alguns relatos encontra uma rejeição de cerca de 85% pela sociedade, levanta preocupações sobre o aumento de acidentes e a banalização da complexidade do ato de dirigir um veículo. A atuação das autoescolas, que seguem um currículo estabelecido e fiscalizado pelos órgãos de trânsito, garante um padrão mínimo de aprendizado e preparação, algo que estaria em xeque com a flexibilização das aulas. Além disso, os profissionais argumentam que a exigência das aulas práticas é um dos pilares da segurança viária, protegendo não apenas o futuro condutor, mas também pedestres, ciclistas e demais motoristas. A proposta de tornar as aulas optativas, segundo eles, seria um retrocesso e um risco desnecessário à vida nas estradas, desvalorizando a profissão de instrutor e a importância da formação qualificada. Outro ponto de preocupação para os manifestantes é o impacto econômico que tais mudanças poderiam gerar para os CFCs, que investem em infraestrutura e qualificação de pessoal para oferecer um serviço essencial à sociedade. A eventual diminuição na procura por aulas, caso estas se tornem facultativas, poderia inviabilizar a manutenção de muitas autoescolas, especialmente as de menor porte, afetando diretamente a geração de empregos no setor.