Faleceu em Belém, nesta sexta-feira, Mestre Damasceno, aos 71 anos. O artista era uma figura central na preservação e divulgação da rica cultura marajoara, um patrimônio imaterial do Brasil. Conhecido por seu talento inigualável na música, dança e artesanato, Damasceno dedicou sua vida a manter vivas as tradições de seu povo, influenciando gerações de artistas e admiradores. Sua obra transcendeu as fronteiras do Pará, levando os sons e as cores do Marajó para todo o país e além. A notícia de sua morte gerou comoção em diversos setores da sociedade, especialmente no meio cultural. O prefeito Igor Normando lamentou a perda, destacando o legado eterno deixado pelo mestre e a importância de sua contribuição para a identidade paraense. A Grande Rio, uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro, também anunciou uma homenagem póstuma a Damasceno, reconhecendo sua magnitude artística e cultural. Mestre Damasceno não era unanimidade apenas pela sua arte, mas também pela sua capacidade de articulação e mobilização em prol da cultura popular. Sua atuação foi fundamental para o reconhecimento de diversas manifestações culturais marajoaras como patrimônio nacional. Ele acreditava no poder transformador da arte e na importância de transmiti-la para as futuras gerações, garantindo a continuidade de um saber ancestral. A vida e obra de Mestre Damasceno simbolizam a força e a resiliência da cultura marajoara. Sua partida representa uma perda significativa para o Brasil, mas seu legado continuará a inspirar e a ecoar através das canções, das danças e das peças de artesanato que ele ajudou a criar e a popularizar. A memória de Mestre Damasceno será honrada e perpetuada por aqueles que tiveram o privilégio de conhecer seu trabalho e sua dedicação incansável à cultura de seu povo.