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Anvisa aprova medicamento oral para tratamento de tumores cerebrais, Tovorafenibe ganha aprovação para uso em pacientes pediátricos com glioma pediátrico recorrente ou progressivo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou hoje a aprovação de um novo medicamento oral destinado ao tratamento de tumores cerebrais em pacientes pediátricos. O medicamento, Tovorafenibe, um inibidor de quinase oral, recebeu o registro após demonstrar eficácia e segurança em ensaios clínicos focados em crianças e adolescentes com glioma pediátrico de grau baixo (LGG) que apresentam mutações específicas no gene BRAF. Esta aprovação representa um avanço significativo, oferecendo uma nova opção terapêutica para uma condição que historicamente tem opções de tratamento limitadas para esta faixa etária. O Tovorafenibe atua inibindo seletivamente as proteínas quinases que impulsionam o crescimento de certos tipos de câncer, incluindo os gliomas pediátricos com fusões ou mutações em BRAF. A possibilidade de administração oral em comparação com tratamentos intravenosos anteriores pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes e facilitar o acompanhamento em casa, reduzindo a necessidade de hospitalizações frequentes e proporcionando maior conforto. A pesquisa que fundamentou esta aprovação destacou a capacidade do Tovorafenibe de levar a uma redução significativa do tamanho do tumor e a uma melhora no controle da doença, com um perfil de efeitos colaterais gerenciável. A aprovação pela Anvisa segue o caminho de outras agências reguladoras internacionais, como a FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos, que também concedeu aprovação para o uso deste medicamento, reforçando o compromisso global em buscar novas e eficazes abordagens para o tratamento do câncer infantil. É importante ressaltar que o medicamento é indicado para pacientes pediátricos com glioma pediátrico recorrente ou progressivo, que tenham recebido tratamento prévio e apresentem a mutação específica. Os gliomas pediátricos de grau baixo, embora menos agressivos que outros tipos de tumores cerebrais, podem causar sérios problemas neurológicos devido à sua localização e potencial de crescimento ao longo do tempo. A descoberta e aprovação de terapias-alvo como o Tovorafenibe marcam uma nova era na oncologia pediátrica, onde o tratamento é cada vez mais personalizado com base nas características moleculares do tumor de cada paciente. Esta abordagem molecular direcionada promete aumentar a eficácia do tratamento e minimizar a toxicidade, abrindo novas perspectivas para o futuro de crianças e adolescentes que enfrentam esta desafiadora condição.