Trump teria consultado ministro norueguês sobre possibilidade de ganhar o Prêmio Nobel da Paz
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, teria contatado Erna Solberg, então primeira-ministra da Noruega, em uma conversa que ia além das relações bilaterais usuais. De acordo com reportagens da imprensa local, Trump teria aproveitado o telefonema para sondar a possibilidade de ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2020. A natureza da conversa, descrita como uma tentativa de influenciar a decisão da comissão norueguesa, levanta questões sobre a conduta e as motivações por trás da iniciativa do republicano. A Noruega, por meio de seus parlamentares e ex-primeiros-ministros, tem o direito de indicar candidatos ao prêmio, e essa prerrogativa parece ter sido o foco da abordagem de Trump. A notícia gerou repercussão internacional, com muitos analisando a ação como um reflexo do estilo de liderança de Trump e de sua busca constante por reconhecimento e validação em diversas áreas. A própria Solberg não confirmou explicitamente o teor da conversa sobre o Nobel, mas o relato detalhado dos jornais sugere uma estratégia clara de Trump para alavancar seu nome para a honraria. Diversos membros do parlamento norueguês criticaram a iniciativa, considerando-a inadequada e uma tentativa de politização do prêmio. Trump já havia sido indicado ao Nobel da Paz em ocasiões anteriores, por exemplo, em 2019, após o acordo entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, ou em 2021, por seus esforços na normalização das relações entre Israel e o Kosovo, e entre a Sérvia e o Kosovo. No entanto, a busca direta e pessoal pelo prêmio, conforme divulgado, é apontada como uma novidade e um indicativo de sua forte autopercepção e desejo de inclusão em listas de personalidades de grande relevância histórica e política. A premiação, que reconhece esforços significativos pela paz mundial, tem um histórico de decisões que muitas vezes geram debate, mas um movimento tão explícito de um ex-líder de uma superpotência, visando sua própria indicação, adiciona uma nova camada de complexidade à sua dinâmica. A própria comissão do Nobel se mantém discreta quanto aos processos de seleção e indicações, preservando o sigilo por décadas para garantir a independência do processo. A imprensa do país nórdico, no entanto, tem um papel importante em trazer à tona os bastidores dessas indicações, muitas vezes baseando-se em fontes internas ou em declarações de políticos que participam ativamente do processo de nomeação. A persistência de Trump em buscar o reconhecimento internacional, especialmente em uma área tão sensível como a paz, demonstra uma faceta de sua personalidade política que continua a ser amplamente discutida e analisada.