Trump Rompe Negociações Comerciais com o Canadá e Ameaça Novas Tarifas
A decisão de Donald Trump de encerrar as conversas com o Canadá marca um ponto de inflexão nas relações comerciais entre os dois países vizinhos e parceiros no acordo USMCA. A medida, precipitada pelo descontentamento americano com a taxação de big techs canadenses, lança sombras sobre a estabilidade econômica e as cadeias de suprimentos que integram a América do Norte. O anúncio repercutiu negativamente nos mercados financeiros, com as bolsas de Nova Iorque apresentando volatilidade, embora os índices S&P 500 e Nasdaq tenham posteriormente registrado recordes.
O pretexto oficial para o rompimento por parte dos EUA reside na política tributária canadense que visa equiparar a carga fiscal sobre as gigantes da tecnologia, muitas delas de origem americana, àquela aplicada às empresas locais. Essa medida, vista pelo governo Trump como discriminatória e prejudicial aos interesses americanos, desencadeou uma resposta firme, com a ameaça explícita de imposição de novas tarifas. Essa tática negociadora, já utilizada em outros embates comerciais, visa pressionar o parceiro a ceder em pontos considerados cruciais pela administração dos EUA.
O impacto dessa decisão transcende as relações bilaterais entre Estados Unidos e Canadá. Jamil Chade, em sua análise, sugere que o alerta para o Brasil é preciso, indicando que o pragmatismo protecionista da administração americana pode se estender a outros parceiros comerciais. A política de “America First”, implementada por Trump, tem se manifestado na renegociação de acordos e na imposição de tarifas como ferramenta de barganha, afetando a dinâmica do comércio global e as expectativas de crescimento econômico em diversas nações.
A instabilidade gerada por esse tipo de rompimento nas negociações comerciais levanta preocupações sobre a resiliência do sistema multilateral de comércio e a previsibilidade das relações internacionais. A dependência econômica mútua entre EUA e Canadá, especialmente em setores como o automotivo e o de energia, torna a escalada tarifária uma opção de alto risco para ambos os lados. Resta saber se o Canadá recuará em sua política tributária ou se os Estados Unidos efetivamente implementarão novas medidas punitivas, reconfigurando o cenário comercial da região.