Trump assina decreto para venda do TikTok nos EUA; Oracle e outras empresas interessadas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto autorizando a venda do TikTok no país, marcando um capítulo significativo nas tensões comerciais entre EUA e China. A medida abre caminho para que empresas americanas, como a Oracle, Dell e a News Corp de Rupert Murdoch, adquiram as operações da popular plataforma de vídeos curtos. A avaliação inicial da nova entidade que controlaria o TikTok nos EUA gira em torno de US$ 14 bilhões, um valor substancial que reflete o alcance e a influência da rede social. Esse movimento surge em meio a preocupações levantadas pela administração Trump sobre a segurança nacional e o acesso a dados de usuários americanos por parte do governo chinês, através da empresa-mãe do TikTok, a ByteDance. A decisão de Trump impõe um prazo para que a ByteDance venda suas operações americanas, escalando a pressão sobre a gigante chinesa para se desfazer de um de seus ativos mais valiosos no ocidente. A Oracle, em particular, tem se posicionado como parceira estratégica na negociação, buscando estruturar um acordo que atenda às exigências americanas sem alienar completamente seus interesses comerciais globais. A possível transação levanta questões complexas sobre a propriedade intelectual, a privacidade dos dados e o futuro do TikTok como uma plataforma global. A venda implicaria a criação de uma nova entidade jurídica com sede nos Estados Unidos, cujos diretores e a maioria do conselho administrativo seriam cidadãos americanos. Essa estrutura visa garantir que o controle e a gestão da operação americana permaneçam sob a jurisdição dos EUA, mitigando as preocupações de segurança nacional. Analistas apontam que o acordo, se concretizado, representará um marco na redefinição das relações tecnológicas internacionais, potencialmente inspirando medidas semelhantes em outros países que compartilham as mesmas apreensões sobre o poderio das empresas de tecnologia chinesas. O desenrolar dessa negociação será crucial para observar como as alianças tecnológicas globais se reconfigurarão diante das pressões geopolíticas e comerciais crescentes. A concorrência entre gigantes da tecnologia e a defesa de interesses nacionais definem o cenário desta negociação de alto risco.