Os rebeldes houthis, grupo que controla grande parte do norte do Iêmen, incluindo a capital Sanaa, detiveram pelo menos 11 funcionários das Nações Unidas em operações recentes. Os incidentes incluíram a invasão de escritórios de agências da ONU, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e programas de alimentação, levantando sérias preocupações sobre a segurança do pessoal humanitário em uma das regiões mais afetadas por conflitos no mundo. As detenções ocorreram em ações distintas, com os houthis alegando, em alguns casos, colaboração com a coalizão liderada por forças estrangeiras. Essa escalada na repressão a trabalhadores humanitários pode ter um impacto devastador na distribuição de ajuda essencial para milhões de iemenitas que dependem dela para sobreviver, especialmente em um país onde a fome e doenças são endêmicas e exacerbadas pela guerra civil que se arrasta. As Nações Unidas e diversas organizações internacionais condenaram veementemente as detenções e exigiram a libertação imediata e incondicional de todo o pessoal detido. A comunidade internacional tem alertado repetidamente sobre a necessidade de garantir o acesso seguro e irrestrito do pessoal humanitário às populações necessitadas, um princípio fundamental do direito internacional humanitário. Em paralelo a essas detenções, houve relatos de ataques aéreos atribuídos a Israel, que teriam resultado na morte do primeiro-ministro do governo houthi. Embora não haja confirmação direta da conexão entre as detenções no Iêmen e os supostos ataques de Israel, a simultaneidade dos eventos adiciona uma camada de complexidade e tensão à já volátil situação no Oriente Médio, com a intensificação das disputas regionais refletindo-se nas crises humanitárias locais. A repressão a trabalhadores da ONU e as acusações de alvos de guerra complexificam ainda mais os esforços para alcançar a paz e estabilidade no Iêmen. A segurança e o bem-estar dos civis e daqueles que trabalham para aliviar seu sofrimento devem ser prioridade absoluta. A comunidade global espera uma resolução pacífica para estas detenções e a retomada segura das operações de ajuda humanitária, que são cruciais para a sobrevivência de uma população devastada por anos de guerra. A instabilidade política e militar no Iêmen, em grande parte alimentada por conflitos regionais, continua a ser um obstáculo intransponível para a recuperação e o desenvolvimento do país.