Pernambuco deu um passo importante na saúde pública ao ampliar o público da vacinação contra o Papilomavirus Humano (HPV) para jovens de até 19 anos. Essa decisão reflete um compromisso com a prevenção de doenças graves, como o câncer do colo do útero, que é predominantemente causado por este vírus. A inclusão de uma faixa etária mais ampla, que abrange tanto adolescentes quanto jovens adultos, busca garantir que mais indivíduos sejam protegidos antes do início da vida sexual ativa, momento em que a transmissão do vírus se torna mais provável. A vacina contra o HPV é uma ferramenta poderosa e segura, com estudos comprovando sua alta eficácia na redução de infecções e lesões pré-cancerosas. O câncer do colo do útero é um dos tipos de câncer mais comuns entre as mulheres em todo o mundo e, na maioria dos casos, sua origem está ligada à infecção persistente por tipos oncogênicos do HPV. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a vacinação de meninas e meninos para a erradicação da doença. Estudos recentes, como os divulgados durante o Outubro Rosa, têm evidenciado o impacto positivo da vacina, mostrando uma redução considerável na incidência de câncer de colo do útero em mulheres jovens em países onde a vacinação foi amplamente implementada. Essa redução chega a quase 60%, o que demonstra a importância da vacinação como estratégia de saúde pública. A expansão da vacinação em Pernambuco, seguindo a recomendação do Ministério da Saúde que já ampliava a faixa etária para até 19 anos, é fundamental para consolidar essa proteção. No entanto, é crucial que a sociedade, os profissionais de saúde e os pais e responsáveis estejam cientes da importância da vacina e incentivem sua aplicação. A desinformação e as hesitâncias vacinais ainda representam um desafio, e a educação sobre os benefícios e a segurança da vacina é um pilar essencial para o sucesso dessa iniciativa e para a construção de um futuro com menos casos de câncer e outras doenças relacionadas ao HPV. Debatedores têm apontado, inclusive, lacunas na prevenção ao câncer do colo do útero, ressaltando que a vacinação é um componente vital, mas que estratégias de rastreamento e educação continuam sendo indispensáveis.