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Oposição Lança Carta Contra Privatização da Copasa em Minas Gerais; Trabalhadores em Greve

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que possibilita a privatização da Copasa encontra forte resistência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Na iminência da votação em primeiro turno no Plenário, a oposição ao governo de Romeu Zema lançou uma carta aberta criticando a medida, que segundo eles, representa um retrocesso na oferta de serviços essenciais à população mineira. A carta ressalta os potenciais impactos negativos da privatização na qualidade e no acesso à água e saneamento, especialmente para as comunidades mais carentes do estado, e pede o engajamento de todos os parlamentares na defesa do patrimônio público. A iniciativa da oposição busca mobilizar a opinião pública e pressionar os deputados estaduais a votarem contra a PEC, argumentando que a Copasa, como empresa pública, tem um papel fundamental no desenvolvimento social e econômico de Minas Gerais. A estratégia visa destacar os sucessos da companhia em universalizar o acesso à água e saneamento e os riscos associados à gestão privada, que poderia priorizar o lucro em detrimento do serviço público. Em paralelo à articulação política, os trabalhadores da Copasa declararam greve por tempo indeterminado. A paralisação tem como principal reivindicação a rejeição da PEC e a garantia da manutenção da empresa estatal. Centenas de funcionários lotaram a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para manifestar seu descontentamento e reforçar o compromisso com o serviço público. A greve, segundo os representantes dos trabalhadores, visa demonstrar a força e a união da categoria em defesa de seus empregos e da Copasa. A disputa em torno da Copasa reflete um debate mais amplo sobre o papel do Estado na prestação de serviços públicos e sobre as políticas de desestatização adotadas em diversos governos. Enquanto o governo defende a privatização como um caminho para a modernização, eficiência e atração de investimentos, os opositores e trabalhadores argumentam que a venda de empresas estratégicas pode comprometer a soberania nacional e a capacidade do Estado de garantir direitos fundamentais aos cidadãos. A Assembleia de Minas Gerais se torna, assim, o palco central dessa disputa.