Polícia do Rio apreende arsenal avaliado em R$ 12,8 milhões em operação contra o Comando Vermelho
Uma megaoperação realizada pela polícia no Rio de Janeiro culminou na apreensão de um vasto arsenal de guerra, cujo valor estimado pela corporação ultrapassa os R$ 12,8 milhões. O montante representa um golpe significativo para o Comando Vermelho (CV), uma das maiores facções criminosas do estado, com um prejuízo estimado pela polícia em cerca de R$ 13 milhões. Essa apreensão é parte de um esforço contínuo para desarticular as atividades ilícitas e enfraquecer o poder de fogo dessas organizações criminosas que atuam em diversas comunidades cariocas e além.
Entre as armas apreendidas, chamou a atenção o grande número de fuzis montados clandestinamente, apelidados de “fuzis fantasmas”. Mais da metade do armamento de guerra encontrado seria de origem não documentada, montado com peças adquiridas de forma irregular, muitas delas vindas da Europa. Essa prática evidencia a capacidade do CV em contornar os controles de armas e suprir suas necessidades com equipamentos modernos e de alta letalidade, que frequentemente acabam sendo utilizados em confrontos armados contra forças policiais e rivais, gerando um clima de insegurança e terror em muitas regiões.
Além dos fuzis e das peças de origem estrangeira, a operação também apreendeu outros equipamentos que demonstram a crescente sofisticação do crime organizado. Drones, que podem ser usados para vigilância e até para o transporte de pequenas cargas ilícitas, e roupas camufladas, que facilitam a movimentação e a ocultação dos criminosos em áreas de mata ou urbanas, foram encontrados. A presença desses itens indica que o CV não se limita apenas ao comércio ilegal de armas tradicionais, mas investe em tecnologia e em métodos que ampliam suas capacidades operacionais e de evasão.
A polícia divulgou um vídeo que, segundo as investigações, seria de um treinamento do Comando Vermelho, onde criminosos aparecem manuseando parte do armamento. Essa divulgação visa não apenas a expor a ameaça representada pela facção, mas também a reforçar a percepção pública sobre a importância e o sucesso das ações policiais. A apreensão deste arsenal representou um avanço considerável na luta contra o crime organizado no Rio de Janeiro, privando os criminosos de ferramentas que perpetuam a violência e a instabilidade social, e servindo como alerta para a necessidade de políticas mais eficazes de controle e fiscalização de armas de fogo e seus componentes.