A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta preocupante sobre o risco iminente de uma epidemia global de chikungunya. O vírus, transmitido principalmente pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, tem demonstrado uma capacidade alarmante de disseminação, afetando novas áreas geográficas e intensificando surtos em regiões já endêmicas. A ausência de vacinas amplamente disponíveis e tratamentos específicos para a doença reforça a necessidade de estratégias robustas de controle vetorial e vigilância epidemiológica. A OMS enfatiza que a mobilidade humana e as mudanças climáticas, favoráveis à proliferação do mosquito vetor, contribuem significativamente para essa expansão geográfica, colocando diversas populações em estado de alerta. A chikungunya é caracterizada por febre alta, dores articulares intensas e incapacitantes que podem persistir por semanas ou meses, além de dores musculares, dor de cabeça e errupções cutâneas. Embora a taxa de mortalidade seja relativamente baixa, as complicações podem ser graves, especialmente em idosos, bebês e pessoas com comorbidades. As dores articulares crônicas podem levar à incapacidade temporária ou permanente, gerando um impacto socioeconômico considerável nas comunidades afetadas, sobrecarregando os sistemas de saúde e limitando a capacidade produtiva da população. Diante desse cenário, a OMS recomenda fortemente o reforço das medidas de controle do mosquito vetor, incluindo a eliminação de criadouros, o uso de repelentes e barreiras físicas, além da investigação e implementação de novas ferramentas de combate, como mosquitos geneticamente modificados ou liberados com a bactéria Wolbachia. A cooperação internacional e o intercâmbio de informações e melhores práticas entre os países são cruciais para monitorar a disseminação do vírus, identificar áreas de risco e responder de forma eficaz a possíveis surtos. A conscientização da população sobre os sintomas da doença e as medidas de prevenção é outro pilar fundamental no combate à chikungunya. Programas de educação em saúde devem ser intensificados para informar sobre a importância da eliminação de água parada, a proteção individual contra picadas de mosquito e a procura por atendimento médico em caso de suspeita de infecção. A prevenção é a arma mais eficaz contra a expansão dessa arbovirose e a proteção da saúde pública global.