Um terremoto de magnitude 6,3 abalou a província de Herat, no noroeste do Afeganistão, nesta quarta-feira, causando destruição e deixando um rastro de mortes e feridos. As primeiras informações indicam que ao menos 20 pessoas perderam a vida e centenas ficaram feridas, com o número de vítimas ainda podendo aumentar à medida que as equipes de resgate alcançam as áreas mais remotas afetadas. A força do tremor, que teve epicentro a cerca de 40 quilômetros a oeste da cidade de Herat, provocou o colapso de inúmeras casas e edifícios, muitos dos quais já estavam em condições precárias devido à instabilidade política e econômica que assola o país há décadas. Santuários históricos e infraestruturas essenciais também sofreram danos significativos. Este novo desastre natural joga luz sobre a vulnerabilidade da população afegã diante de eventos sísmicos, especialmente considerando que a região já havia sido duramente atingida por um terremoto de magnitude similar há menos de três meses. Em junho passado, um tremor seguido de fortes réplicas causou a morte de aproximadamente 2.200 pessoas, deixando milhares desabrigados e intensificando a necessidade de ajuda humanitária. A recorrência desses eventos em um curto espaço de tempo sobrecarrega ainda mais os limitados recursos nacionais e internacionais disponíveis para resposta a desastres. A comunidade internacional tem demonstrado preocupação e já anunciou a mobilização de ajuda. Organizações de saúde e segurança civil da ONU e de países aliados estão se deslocando para a região com o objetivo de prestar assistência médica, fornecer abrigo e suprimentos básicos, além de auxiliar nos trabalhos de busca e salvamento. Contudo, o acesso a algumas áreas tem sido dificultado pelas condições climáticas e pela precariedade das estradas, agravando ainda mais a situação dos sobreviventes. A repetição de desastres naturais em curto prazo levanta preocupações sobre a necessidade de um planejamento de longo prazo para a construção de infraestrutura resiliente em áreas de alto risco sísmico no Afeganistão. A análise da geologia da região, combinada com o desenvolvimento de códigos de construção rigorosos e fiscalização efetiva, são passos cruciais para mitigar os impactos de futuros terremotos. Além disso, o investimento em sistemas de alerta precoce e treinamento da população em medidas de segurança podem salvar vidas. A atual crise humanitária, exacerbada por este novo terremoto, exige uma resposta coordenada e sustentada, que vá além da assistência emergencial, buscando reconstruir a resiliência das comunidades afetadas.