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Morre Clara Charf, militante comunista e viúva de Carlos Marighella, aos 100 anos

Clara Charf, uma das mais importantes militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e viúva do também militante e escritor Carlos Marighella, faleceu na noite da última quinta-feira, aos 100 anos, em São Paulo. A notícia de sua morte foi amplamente repercutida por veículos de imprensa e por companheiros de luta, celebrando sua longa vida dedicada à causa comunista e aos ideais de justiça social. Seu centenário foi marcado por homenagens que ressaltaram sua coragem e seu papel fundamental na resistência à ditadura militar e na articulação política de esquerda no Brasil. Clara Charf não foi apenas a companheira de Carlos Marighella, mas uma figura ativa e influente por si só, participando de greves, manifestações e da organização partidária em momentos cruciais da história nacional. Sua atuação ocorreu desde a juventude, quando se aproximou dos ideais comunistas e iniciou sua jornada de militância política, que a acompanharia por toda a vida. Sua vida dedicada à política e à luta por um Brasil mais justo é um legado que inspira novas gerações de ativistas e militantes, reforçando a importância da memória e da resistência em tempos de adversidade. A história de Clara Charf se confunde com a própria história do movimento comunista no Brasil, desde os tempos de clandestinidade até os períodos de maior organização e participação política. Ela esteve ao lado de Marighella em diversos momentos de sua trajetória, compartilhando os riscos e as esperanças de um futuro diferente para o país, e após a morte de Carlos em 1969, continuou a luta em sua memória, preservando seu legado e sua obra. A trajetória de Clara Charf é um testemunho da resiliência e da força de vontade de mulheres que, muitas vezes à sombra de figuras masculinas proeminentes, desempenharam papéis essenciais na construção de movimentos sociais e políticos. Sua partida deixa uma lacuna no cenário político e militante brasileiro, mas seu exemplo e sua memória permanecem vivos como um farol para aqueles que continuam a buscar a transformação social e a luta por um país mais equitativo e democrático.