A meningite bacteriana é considerada o tipo mais grave da doença devido à rápida progressão dos sintomas e ao potencial de causar sequelas graves e até mesmo óbito, mesmo com tratamento adequado. Diferente da meningite viral, que geralmente é mais branda, a infecção bacteriana afeta diretamente o sistema nervoso central, provocando inflamação nas meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. As bactérias responsáveis, como o meningococo, pneumococo e Haemophilus influenzae tipo b (Hib), podem se multiplicar rapidamente na corrente sanguínea, espalhando a infecção e liberando toxinas que danificam tecidos cerebrais. A falta de identificação precoce e o diagnóstico tardio são fatores cruciais que aumentam a gravidade e a mortalidade associadas à meningite bacteriana. O início abrupto de sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, vômitos, sensibilidade à luz e confusão mental exige atendimento médico imediato. A rapidez na administração de antibióticos é fundamental para combater a infecção e minimizar o risco de complicações. A meningite bacteriana é uma doença contagiosa que se dissemina por meio de gotículas respiratórias liberadas pela tosse ou espirro de pessoas infectadas, o que reforça a importância de medidas de higiene e prevenção. Além disso, a identificação de casos em comunidades levanta preocupações sobre surtos, especialmente em locais com alta aglomeração de pessoas, como escolas e universidades. A vacinação emerge, portanto, como a estratégia mais eficaz para o controle e erradicação da doença. O Ministério da Saúde tem trabalhado na ampliação do calendário vacinal, buscando incluir e aprimorar a cobertura contra os diversos tipos de meningite. A consulta pública sobre a inclusão da vacina contra a meningite B no Sistema Único de Saúde (SUS) demonstra o compromisso do governo em oferecer proteção à população contra essa cepa particularmente agressiva. A vacina meningocócica B é essencial, pois protege contra uma das principais causas de meningite bacteriana em crianças e adolescentes. A participação da sociedade civil em consultas públicas é fundamental para que as decisões sobre saúde pública reflitam as necessidades e prioridades da população. O acesso ampliado a essa vacina pode representar um marco significativo na prevenção da doença e na redução de sua carga sobre o sistema de saúde e a sociedade, garantindo um futuro mais saudável para as novas gerações. A doença pode deixar sequelas neurológicas permanentes, como déficits de audição e aprendizado, paralisia e dificuldades de coordenação motora, ou mesmo levar ao óbito em um período muito curto, tornando a prevenção e o diagnóstico precoce prioridades absolutas na saúde pública.