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Lula lidera reunião do Brics criticando tarifas e práticas ilegais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva presidiu uma reunião virtual de cúpula dos países membros do Brics, onde expressou veementemente a posição do bloco contra a que chamou de chantagem tarifária e práticas ilegais perpetradas por algumas nações desenvolvidas. Lula destacou em seu discurso que essas ações prejudicam o comércio internacional e o desenvolvimento econômico dos países emergentes, afetando diretamente a vida de milhões de pessoas. A convocação desta reunião demonstra a articulação do Brasil na presidência rotativa do grupo para dar voz às preocupações conjuntas e buscar soluções colaborativas. A COP30, que será sediada em Belém do Pará em 2025, também foi mencionada como uma oportunidade para discutir pautas ambientais e de desenvolvimento sustentável sob a ótica do Brics. A participação ativa de líderes como Xi Jinping, presidente da China, sublinha a importância estratégica do encontro e o alinhamento de visões entre as maiores economias emergentes do mundo. O teor das falas foi cuidadosamente elaborado para evitar interpretações que pudessem ser utilizadas como pretexto para novas sanções ou retaliações por parte dos Estados Unidos ou de outros países com políticas comerciais agressivas. A intenção é fortalecer o bloco como um contraponto à ordem econômica global vigente, promovendo um sistema mais justo e equitativo. As discussões abrangeram ainda o impacto das guerras em curso e suas consequências econômicas globais, com ênfase na necessidade de pacificação e diplomacia para a resolução de conflitos internacionais. A coordenação de posições no âmbito do Brics visa amplificar a influência do grupo nas negociações internacionais, especialmente em foros como a Organização Mundial do Comércio e as Nações Unidas. Essa postura sinaliza um desejo crescente por uma multipolaridade efetiva nas relações internacionais, onde blocos como o Brics possam ter um papel mais proeminente na definição das regras do jogo econômico e político global. A repercussão dessas discussões no cenário internacional é significativa, pois reflete uma tentativa de reequilíbrio de poder e influência no sistema global.