O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou sua intenção de contatar diretamente o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para convidá-lo a participar da COP30, que ocorrerá em Belém, no Pará. Lula destacou a importância de envolver líderes globais na discussão sobre as mudanças climáticas e ressaltou que a conversa seria focada exclusivamente na conferência, sem abordar questões comerciais ou tarifárias. Essa abordagem demonstra a estratégia do governo brasileiro em buscar um diálogo amplo e inclusivo para a causa ambiental, mesmo com figuras políticas de espectros ideológicos distintos. A COP30, marcada para 2025, tem previsão de ocorrer na capital paraense e visa discutir ações efetivas para combater o aquecimento global e promover o desenvolvimento sustentável. A participação de líderes como Trump pode conferir maior peso e visibilidade ao evento, além de potencialmente influenciar a agenda climática global. A decisão de Lula de fazer um contato pessoal com Trump reflete a prioridade que o presidente dá à diplomacia e à construção de pontes entre diferentes visões políticas em prol de objetivos comuns. No entanto, a relação entre Brasil e Estados Unidos sob a gestão de Trump foi marcada por tensões diplomáticas e divergências em diversas áreas, incluindo a política ambiental, onde o ex-presidente americano retirou os EUA do Acordo de Paris. Por isso, o convite de Lula, embora diplomático, carrega consigo a necessidade de navegar por um histórico complexo e de buscar pontos de convergência em torno da urgência das questões climáticas. A expectativa é que, se aceito, o convite possa abrir um canal de diálogo construtivo sobre o tema. Lula também enfatizou a necessidade de respeito à soberania dos países, um ponto crucial para a condução de política externa e para a cooperação internacional em diversos âmbitos, incluindo o ambiental. Ele argumenta que o mundo só avançará se houver um reconhecimento mútuo da autonomia e das decisões soberanas de cada nação, promovendo assim um ambiente de maior colaboração e menos imposição. Essa declaração reforça a visão do Brasil de um sistema internacional mais justo e equilibrado, onde o diálogo e a cooperação prevalecem sobre conflitos e hegemonias. A COP30 sob a 30a edição da COP sob a presidência brasileira é vista como uma oportunidade ímpar para reforçar essa postura e para colocar a Amazônia e a importância de sua preservação no centro das atenções mundiais numa conferência climática.