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Laudo descarta metanol na bebida consumida por Hungria no DF

A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu a perícia nas bebidas consumidas pelo rapper Hungria antes de sua internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo o laudo divulgado nesta terça-feira, as garrafas de vodca e outras bebidas apreendidas no local da festa não continham metanol, uma substância perigosa que pode levar à morte ou a sequelas graves, como cegueira, em caso de ingestão. Essa descoberta representa uma reviravolta no caso, que inicialmente apontava para uma possível intoxicação por álcool adulterado. O artista havia passado mal durante uma confraternização no Distrito Federal, o que gerou preocupação entre fãs e amigos. A investigação, entretanto, não foi encerrada, e as autoridades buscam agora outras possíveis causas para o estado de saúde do cantor. A perícia ainda irá analisar se havia outras substâncias nocivas ou se o mal-estar foi causado por outro fator. A notícia foi recebida com alívio por parte dos admiradores de Hungria, que chegaram a temer o pior diante das primeiras informações sobre a possível presença de metanol. O próprio rapper, em suas redes sociais, chegou a postar uma foto do hospital com a mensagem “Arrume um lugar seguro para tomar uma”, indicando uma preocupação com a qualidade das bebidas consumidas em eventos. Este desdobramento reforça a complexidade da investigação policial, que agora foca em diferentes frentes para garantir que a verdade sobre o ocorrido seja esclarecida. É sabido que o consumo excessivo de etanol, mesmo sem a presença de metanol, pode levar a quadros de intoxicação severos. O caso levanta discussões importantes sobre a segurança e a procedência de bebidas alcoólicas em eventos e por delivery, especialmente quando se trata de substâncias como a vodca, que pode ser adulterada para aumentar o lucro de produtores ilegais. A presença de metanol em bebidas alcoólicas é um problema recorrente em diversas regiões do mundo, sendo o Brasil um dos países que mais registram casos. A substância, muito mais barata que o etanol, pode ser usada como substituto em processos de destilação clandestina, causando danos irreparáveis à saúde de quem a consome. A engenharia química explica que o metanol, quando metabolizado no organismo, produz formaldeído e ácido fórmico, ambos extremamente tóxicos. Diante da exclusão do metanol, a investigação agora se debruça sobre a possibilidade de contaminação por outras substâncias ou mesmo uma reação individual do artista a algum componente específico da bebida, ainda que em níveis seguros para outras pessoas. As autoridades seguem coletando depoimentos e analisando outros materiais para compreender completamente as circunstâncias que levaram Hungria ao hospital. A participação de especialistas em toxicologia e química forense continua sendo fundamental para desvendar o mistério e garantir a justiça no caso, além de alertar a população sobre os riscos associados ao consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa.