Ibovespa se destaca com 6ª maior alta em dólar no 1º semestre de 2025; Dólar cai mais de 12%
O desempenho robusto do Ibovespa no primeiro semestre de 2025 o posicionou como um dos mercados emergentes mais atrativos, superando diversas bolsas pelo mundo. A valorização em dólar, um indicador crucial para investidores internacionais, reflete não apenas a força do mercado interno brasileiro, mas também um cenário global favorável ao risco e a uma política monetária expansionista em algumas das principais economias. Esta ascensão no ranking global das bolsas sublinha a resiliência e o potencial de recuperação do setor financeiro e produtivo do Brasil.
A queda significativa do dólar, que cedeu mais de 12% em relação ao real durante o mesmo período, contribuiu diretamente para o fortalecimento do Ibovespa quando medido na moeda americana. Essa desvalorização cambial favorece as empresas exportadoras, ao tornar seus produtos mais competitivos no exterior, e também as companhias com receitas em moeda estrangeira, ao repatriar lucros com maior poder de compra. Além disso, um dólar mais fraco tende a atrair capital estrangeiro para mercados emergentes como o Brasil, em busca de maiores retornos.
Em um comparativo internacional, o Ibovespa demonstrou uma performance superior a de muitas outras praças financeiras. Enquanto o DAX alemão liderou o ranking global com a maior alta em dólar, o Merval argentino ocupou a lanterna. O resultado brasileiro, que se sobressaiu em relação a outros países, é atribuído a uma combinação de fatores internos, incluindo melhorias na percepção de risco fiscal, avanços nas reformas estruturais e um cenário político mais estável, além da conjuntura macroeconômica internacional.
O Ibovespa apresentou um comportamento positivo impulsionado por notícias econômicas recentes, como um Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – considerado ‘fraco’, o que pode sinalizar uma política monetária mais leniente por parte do Banco Central para estimular a economia. Paralelamente, os mercados em Nova York atingiram recordes históricos, criando um ambiente de otimismo global que se espalhou para outras bolsas. No mercado de ações específico, o dia foi marcado pela forte valorização das ações da Magazine Luiza (MGLU3), que saltaram quase 6%, contrastando com as perdas da Petz (PETZ3), que liderou as quedas do dia, evidenciando a seletividade dos investidores no atual cenário.