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Hormônio do Sono, a Melatonina, Pode Representar Risco para o Coração

A melatonina, frequentemente utilizada como suplemento para combater a insônia e regular o ciclo circadiano, tem sido objeto de novas pesquisas que levantam preocupações sobre seus potenciais efeitos adversos no sistema cardiovascular. Embora amplamente considerada segura quando utilizada em doses adequadas e por curtos períodos, a exposição crônica ou o uso inadequado do hormônio podem desencadear respostas indesejadas no organismo, especialmente em indivíduos com predisposição a doenças cardíacas ou em uso de outras medicações. É fundamental compreender que a melatonina é uma substância endógena, produzida naturalmente pela glândula pineal, e sua suplementação deve ser encarada com cautela, não como uma solução milagrosa para distúrbios do sono. A automedicação com melatonina tem se tornado uma prática comum, impulsionada pela facilidade de acesso e pela crença popular de que se trata de um produto inofensivo. No entanto, a ausência de acompanhamento médico pode mascarar condições subjacentes mais graves que afetam o sono e agravar problemas de saúde já existentes. Profissionais de saúde reforçam a importância de investigar as causas da insônia, que podem variar desde estresse e ansiedade até condições médicas não diagnosticadas, antes de recorrer a qualquer tipo de suplementação. Pesquisas preliminares sugerem que a melatonina pode influenciar a pressão arterial, os batimentos cardíacos e a coagulação sanguínea, fatores diretamente ligados à saúde do coração. Embora os resultados ainda demandem mais investigação, a cautela se torna um princípio nortear para pacientes e médicos. Recomenda-se, portanto, um diálogo aberto com o médico sobre o uso de melatonina e de quaisquer outros suplementos, garantindo que a decisão terapêutica seja baseada em evidências científicas sólidas e adaptada às necessidades individuais de cada paciente para minimizar riscos e otimizar os benefícios para a saúde geral. A busca por um sono de qualidade é essencial para o bem-estar, mas a saúde cardiovascular não deve ser comprometida nesse processo. A orientação profissional é o caminho mais seguro para uma gestão eficaz dos distúrbios do sono e a proteção da saúde do coração.