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General da reserva admite plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes; entenda Punhal Verde e Amarelo

Um general da reserva do Exército brasileiro, que teria atuado proximamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro, admitiu em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) ser o autor intelectual do plano denominado Punhal Verde e Amarelo. Este plano, detalhado em conversas e documentos, previa a execução de alvos de alta relevância política e judicial, incluindo o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e membro do STF. A admissão ocorreu no âmbito de investigações sobre tentativas de golpe de Estado e ataques às instituições democráticas, ampliando o escopo das apurações sobre os atos antidemocráticos que marcaram o fim do governo anterior e a transição para o atual. A natureza conspiratória e a gravidade dos objetivos do plano causaram grande repercussão, levantando questionamentos sobre o nível de radicalização e a organização de grupos opositores ao regime democrático. Especialistas em segurança e direito constitucional analisam as implicações da admissão, que pode fortalecer as provas contra outros envolvidos e desarticular redes de apoio a tais ideologias. O plano, segundo as primeiras informações divulgadas, envolvia diferentes etapas e personagens, com o objetivo de desestabilizar o país e impedir a posse do atual governo eleito democraticamente. A menção a Alckmin, que não ocupava cargo de destaque na época do planejamento, mas que ascendeu à vice-presidência, sugere uma antecipação de cenários políticos da época do planejamento, ou que o plano se estendia a potenciais adversários políticos que poderiam vir a ocupar posições relevantes. A inclusão de Alexandre de Moraes no plano reflete o papel central que o ministro tem desempenhado no combate à desinformação e às manifestações antidemocráticas, especialmente durante o período eleitoral de 2022. As investigações agora se concentram em detalhar a extensão da rede de apoio ao general, identificar outros possíveis conspiradores e entender o fluxo de informações e recursos que sustentavam tais articulações. A delação premiada do general pode ser um divisor de águas para a completa elucidação dos fatos e a responsabilização de todos os envolvidos em tentativas de minar a democracia brasileira. A sociedade civil aguarda com expectativa os próximos desdobramentos, na esperança de que a justiça prevaleça e que tais episódios sirvam como um alerta contra a ascensão de discursos e práticas antidemocráticas.