O dólar comercial fechou em R$ 5,445, registrando uma queda em relação ao dia anterior. O mercado financeiro global está em compasso de espera e cautela, com investidores de olho nas movimentações políticas internacionais, especialmente as anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A possibilidade de novas tarifas comerciais tem gerado incertezas, impactando diretamente as moedas emergentes e o comportamento dos mercados acionários ao redor do mundo, incluindo o brasileiro. A pressão pela instabilidade externa acaba por limitar qualquer movimento de alta mais robusto do real, mesmo diante de notícias internas positivas que possam surgir. A dinâmica do câmbio em economias em desenvolvimento é intrinsecamente ligada ao apetite por risco global, que por sua vez é influenciado por eventos geopolíticos e comerciais de grande magnitude, como os que envolvem as duas maiores economias do planeta. A percepção de risco nos mercados emergentes tende a aumentar quando há sinais de protecionismo e tensões comerciais, levando investidores a buscarem ativos considerados mais seguros. Por outro lado, a recuperação do real e a valorização dos ativos brasileiros dependem de um cenário externo mais estável e previsível, além de fundamentos econômicos internos sólidos e reformas estruturais que atraiam investimentos de longo prazo. A performance do dólar nos próximos dias será crucial para entender a extensão do impacto dessas tensões e como o Brasil se posicionará nesse contexto.