Dick Cheney, ex-vice-presidente dos Estados Unidos durante a administração de George W. Bush, faleceu aos 84 anos. Cheney foi uma das figuras políticas mais influentes e controversas do início do século XXI, conhecido por seu papel central na formulação da política externa americana, especialmente após os ataques de 11 de setembro de 2001. Sua gestão como vice-presidente foi marcada por um exercício de poder considerável, muitas vezes superando a figura do próprio presidente em certas decisões estratégicas. A sua visão para a segurança nacional e o combate ao terrorismo moldaram profundamente a agenda doméstica e internacional dos EUA, impulsionando intervenções militares e um aumento significativo nas capacidades de vigilância governamental. O legado de Cheney é complexo, com defensores elogiando sua firmeza e liderança em tempos de crise, enquanto críticos apontam para as consequências de suas políticas, como a Guerra do Iraque e a erosão de liberdades civis em nome da segurança. Durante seu mandato, Cheney desempenhou um papel crucial na decisão de invadir o Iraque em 2003, baseando-se em informações de inteligência que mais tarde se mostraram falhas. Essa decisão gerou debates acirrados e teve um impacto duradouro na estabilidade do Oriente Médio. Sua abordagem pragmática e, por vezes, implacável em relação a questões de segurança o consolidou como um dos vice-presidentes mais poderosos da história americana. Além de seu papel na Casa Branca, Cheney teve uma longa carreira na política, servindo como membro da Câmara dos Representantes e como Secretário de Defesa sob George H.W. Bush. Sua experiência prévia em Washington lhe conferiu um profundo entendimento dos meandros do poder e da política, que ele soube alavancar durante o segundo mandato de George W. Bush. Mesmo após deixar o cargo, Cheney permaneceu uma voz ativa, frequentemente expressando suas opiniões sobre política externa e segurança nacional, e se posicionando em relação às mudanças no Partido Republicano. Sua morte marca o fim de uma era para a política americana, deixando um rastro de debates e reflexões sobre o poder, a segurança e os rumos da nação.