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Defesa de Anderson Torres alega erro técnico e tenta desqualificar provas em julgamento no STF

A defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-governador do Distrito Federal, apresentou nesta quarta-feira (24) uma nova linha de argumentação durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a participação de Torres em planos para um golpe de Estado. O advogado de defesa tentou desqualificar a chamada “minuta do golpe” ao alegar um suposto erro técnico em sua apresentação, comparando-a a uma informação encontrada em um arquivo digital, que, segundo ele, não teria o mesmo peso probatório de um documento físico. Essa estratégia visa minar a força da prova apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Tornou-se público que a defesa buscou fundamentar sua argumentação em uma interpretação peculiar dos fatos, sugerindo que a mera menção a documentos digitais sem autenticação formal poderia ser um meio de invalidar o caso. A tese levantada pela defesa, que buscou trazer à baila um suposto “linchamento moral” contra Torres, é parte de uma estratégia para sensibilizar os ministros do STF e mudar a percepção pública sobre a conduta do ex-ministro. As alegações de que Torres teria sido vítima de perseguição midiática e judicial são recorrentes em manifestações de seus apoiadores. A atuação da PGR, ao levantar a suspeita de uma possível viagem forjada por Torres, adiciona mais um elemento à complexidade do caso, indicando que a investigação abrange diversas frentes para desvendar a extensão da participação do ex-ministro em eventos que ameaçaram a estabilidade democrática. A defesa insiste que Torres não participou de reuniões conspiratórias e que sua ausência em certos momentos cruciais prova sua inocência, uma narrativa que a PGR busca desconstruir com as provas coletadas. O julgamento segue em andamento, com os ministros analisando as diversas peças do processo e os argumentos apresentados por ambas as partes, em um episódio que pode definir precedentes importantes para a responsabilização de agentes públicos em casos de tentativa de subversão da ordem democrática no Brasil.