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Cetamina: Entenda como funciona o medicamento usado no tratamento de Carolina Arruda contra a pior dor do mundo

Carolina Arruda, conhecida por sofrer com o que muitos descrevem como a pior dor do mundo, iniciou um novo protocolo de tratamento que envolve a administração de cetamina em um estado de sedação profunda, inclusive com a possibilidade de coma induzido. A cetamina, originalmente desenvolvida como anestésico geral na década de 1960, tem ganhado destaque na medicina moderna por suas potentes propriedades analgésicas e seu mecanismo de ação distinto em comparação com opioides. Ao contrário de muitos analgésicos que atuam nos receptores opioides, a cetamina é um antagonista não competitivo dos receptores NMDA (N-metil-D-aspartato), que desempenham um papel crucial na transmissão de sinais de dor no sistema nervoso central, especialmente na dor neuropática e crônica. Sua ação nesses receptores ajuda a modular a percepção da dor e a reduzir a sensibilização central, um fator chave em condições de dor crônica e intratável.É importante notar que a cetamina é administrada sob estrita supervisão médica, geralmente em ambiente hospitalar, devido aos seus efeitos psicoativos e potenciais efeitos colaterais. Em doses terapêuticas e sob monitoramento, o medicamento pode oferecer alívio significativo para pacientes que não respondem a outros tratamentos. O aprofundamento do uso da cetamina em casos de dor extrema, como o de Carolina Arruda, reflete uma busca por alternativas eficazes quando todas as outras opções se esgotam, permitindo que o corpo se recupere de um estado de inflamação e dor persistente. A sedação profunda e o eventual coma induzido visam suspender temporariamente os sinais de dor que chegam ao cérebro, permitindo um alívio mais completo e um período de repouso para os sistemas nervosos envolvidos. A escolha de utilizar a cetamina no Sistema Único de Saúde (SUS) para este caso demonstra um avanço na oferta de tratamentos inovadores para doenças complexas, buscando oferecer qualidade de vida a pacientes em situações críticas. Os profissionais de saúde envolvidos no tratamento de Carolina Arruda esperam que essa abordagem proporcione o alívio tão necessário e permita a recuperação de sua condição, restaurando, ao menos em parte, sua qualidade de vida. O acompanhamento pós-infusão será fundamental para avaliar a eficácia do tratamento e gerenciar quaisquer efeitos adversos que possam surgir, além de planejar os próximos passos terapêuticos.