A Bolívia registrou um aumento preocupante de casos de sarampo, totalizando 80 infecções confirmadas, o que levou o estado do Acre, na fronteira com o país vizinho, a entrar em estado de alerta e a reforçar as medidas de vigilância epidemiológica. Essa situação acende um sinal de alerta para todo o Brasil, que tem trabalhado arduamente para manter a eliminação do sarampo em seu território, conquistada em 2016. A proximidade geográfica e o fluxo de pessoas entre os países tornam a prevenção uma prioridade absoluta para evitar a reintrodução e disseminação do vírus no país.

O Ministério da Saúde tem intensificado as ações de imunização em municípios localizados nas regiões de fronteira, como informa o G1, com destaque para o reforço da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Essa medida preventiva é considerada essencial, principalmente com a aproximação de períodos de férias e viagens, quando o risco de transmissão aumenta. O governo boliviano também tem implementado ações de controle, mas a colaboração e a vigilância mútua entre os países são fundamentais para conter a circulação do vírus.

O sarampo é uma doença viral extremamente contagiosa, transmitida principalmente por via aérea, através de gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou falar. Os sintomas iniciais incluem febre alta, tosse, coriza e conjuntivite, seguidos por um exantema característico que se inicia no rosto e se espalha pelo corpo. Embora muitas pessoas se recuperem completamente, o sarampo pode levar a complicações graves, como pneumonia, encefalite (inflamação do cérebro) e exacerbação de outras doenças, podendo ser fatal, especialmente em crianças desnutridas ou com o sistema imunológico comprometido. A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção.

O retorno do sarampo a diversas partes do mundo, incluindo surtos em países com histórico de eliminação, reafirma a importância contínua da vacinação como medida de saúde pública. No Brasil, a cobertura vacinal contra o sarampo precisa ser mantida em níveis elevados (acima de 95% com as duas doses da tríplice viral) para garantir a imunidade de rebanho e proteger a população mais vulnerável. O debate sobre a importância da vacinação, como destacado pela Agência statesp e pelo Drauzio Varella, é crucial para combater a desinformação e assegurar que as taxas de imunização permaneçam altas, prevenindo assim o ressurgimento de doenças controladas.