Banco Central Implementa Medidas de Segurança Mais Rígidas para o Pix e Aprimora o Pix Automático
Diante do crescente número de casos em que o Pix tem sido instrumentalizado por organizações criminosas para a lavagem de dinheiro, o Banco Central tem intensificado seus esforços para blindar o sistema. As novas diretrizes permitem que as instituições financeiras estabeleçam limites de transação de Pix personalizados, baseados em um rigoroso perfil de risco de cada cliente. Essa abordagem visa dificultar ações fraudulentas, uma vez que transações de alto valor ou em padrões incomuns poderão ser mais facilmente identificadas e, se necessário, bloqueadas ou rastreadas. A medida representa um avanço na prevenção de crimes financeiros, tornando o Pix um canal menos atrativo para atividades ilícitas.
Além da personalização de limites, o BC também decidiu endurecer as penalidades para as instituições financeiras que apresentarem falhas de segurança no Pix. Com multas mais elevadas em jogo, espera-se que os bancos invistam ainda mais em tecnologias e processos robustos para garantir a proteção das transações e dos dados de seus clientes. Essa pressão regulatória busca criar um ambiente de maior responsabilidade no mercado financeiro, incentivando a proatividade na identificação e mitigação de vulnerabilidades que possam ser exploradas por criminosos cibernéticos.
Complementando as novas medidas de segurança, o sistema de pagamentos recorrentes do Pix, o Pix Automático, terá seu escopo de aplicação ampliado e padronizado. O Banco Central determinou que pagamentos recorrentes entre contas de bancos diferentes deverão ser realizados exclusivamente através do Pix Automático. Essa padronização visa simplificar o processo, aumentar a eficiência e a rastreabilidade dessas transações, além de oferecer maior previsibilidade tanto para o pagador quanto para o recebedor. A regra busca consolidar o Pix Automático como a ferramenta principal para assinaturas e débitos programados.
Em um movimento adicional para consolidar o Pix Automático, o BC estabeleceu que o seu uso será obrigatório para instituições financeiras que não possuam autorização para operar como administradoras de consórcio ou para outras atividades que envolvam débitos automáticos já regulamentados. Essa obrigatoriedade garante que, mesmo para entidades sem licenças específicas de débito automático, o Pix Automático se torne o meio padrão para a realização de pagamentos recorrentes com clientes. A medida visa uniformizar a experiência do usuário e fortalecer ainda mais o ecossistema do Pix como um todo, reforçando sua posição como infraestrutura essencial de pagamentos no Brasil.