Ato de Esquerda na Paulista Reúne 15 Mil Pessoas, Superando Expectativas, Aponta USP
Um ato organizado por diversos movimentos de esquerda na Avenida Paulista, em São Paulo, atraiu um público expressivo de aproximadamente 15,1 mil pessoas, conforme apurado pela Universidade de São Paulo (USP). A manifestação teve como principais bandeiras a oposição ao chamado tarifaço, que se refere a aumentos de preços e impostos, e a demanda pela taxação de grandes fortunas e super-ricos, buscando uma distribuição de renda mais equitativa. Além disso, o protesto refletiu um sentimento de insatisfação com o cenário político nacional e internacional, com manifestantes expressando descontentamento e bandeiras contra a política do governo Trump, chegando a incendiar um boneco do ex-presidente americano, demonstrando a polarização e o engajamento político do público presente.
A mobilização em massa é vista por analistas políticos como um indicativo forte do vigor e da capacidade de articulação dos movimentos sociais de esquerda no Brasil. A USP, ao realizar a contagem, corrobora a magnitude do evento, calculando que a presença superou em número as manifestações organizadas pela direita em ocasiões anteriores na mesma avenida, inclusive em comparação com eventos que contaram com a participação direta de figuras como o ex-presidente Bolsonaro. Este dado sugere uma ressonância das pautas levantadas pela esquerda junto a um segmento significativo da população paulistana, que buscou na Paulista um espaço para expressar suas reivindicações.
O contexto econômico, marcado por inflação, juros elevados e debates sobre a reforma tributária, certamente contribuiu para o aumento do engajamento nessas manifestações. A proposta de taxar super-ricos, em particular, atinge um ponto sensível em debates sobre desigualdade social e injustiça fiscal, encontrando eco em uma sociedade que clama por maior responsabilidade dos mais abastados na contribuição para o bem-estar coletivo. A Avenida Paulista, como palco histórico de manifestações em São Paulo, novamente se estabeleceu como o principal ponto de convergência para a expressão de demandas sociais e políticas.
Este evento não apenas demonstra a força da mobilização de base, mas também serve como um termômetro do sentimento público em relação às políticas econômicas vigentes e às figuras políticas relevantes em âmbito global. A articulação entre diferentes grupos e pautas, unificadas pela busca de justiça social e econômica, reforça o papel dos movimentos sociais como atores importantes na dinâmica democrática do país, influenciando o debate público e pressionando por mudanças concretas na estrutura socioeconômica.