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Adoçante Eritritol Associado a Maior Risco de AVC e Problemas Cardíacos, Revela Estudo

Pesquisadores identificaram que o eritritol, um álcool de açúcar amplamente utilizado como substituto do açúcar em alimentos e bebidas consideradas dietéticas e ideais para diabéticos, demonstrou em estudos de laboratório e em análises com voluntários humanos que ele pode prejudicar a função das plaquetas, componentes sanguíneos cruciais para a coagulação. Essa disfunção plaquetária, ao dificultar a solidificação adequada do sangue em resposta a ferimentos, pode paradoxalmente aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos em locais indesejados, culminando em eventos como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarte do miocárdio. A descoberta levanta preocupações significativas sobre o consumo frequente deste adoçante. O corpo humano produz pequenas quantidades de eritritol naturalmente, mas níveis mais elevados são observados após a ingestão de produtos que o contêm. O estudo sugere que os níveis de eritritol permanecem elevados no sangue por horas após o consumo, aumentando o tempo de exposição para as plaquetas. Essa exposição prolongada pode ser a chave para entender o mecanismo pelo qual o adoçante interfere na coagulação sanguínea. A pesquisa utilizou uma combinação de análises de laboratório com amostras de sangue humano e estudos de coorte com mais de 4.000 participantes, cujos dados foram coletados e analisados para correlacionar os níveis de eritritol com a ocorrência de eventos cardiovasculares ao longo do tempo. Os resultados foram consistentes em ambas as metodologias, reforçando a validade das conclusões. É importante notar que o eritritol tem sido amplamente promovido como uma alternativa mais saudável ao açúcar, especialmente para indivíduos que buscam controlar o peso ou gerenciar condições como o diabetes. Sua baixa caloria e ausência de impacto significativo nos níveis de glicose no sangue o tornaram um ingrediente favorito na indústria alimentícia. No entanto, este novo estudo lança uma sombra sobre esses benefícios percebidos, indicando que os consumidores podem estar trocando um risco conhecido (o consumo de açúcar) por um risco potencialmente novo e ainda não totalmente compreendido. A comunidade científica está agora buscando entender melhor as doses seguras e os efeitos a longo prazo do eritritol no corpo humano. Diante dessas descobertas, especialistas recomendam cautela no consumo de produtos que contêm eritritol, especialmente por indivíduos com histórico de doenças cardiovasculares ou com predisposição a problemas de coagulação. É aconselhável que os consumidores leiam os rótulos dos alimentos e optem por alternativas que tenham um perfil de segurança mais estabelecido, ou consultem um profissional de saúde para orientação personalizada sobre a dieta. A pesquisa reforça a necessidade de uma avaliação contínua da segurança de aditivos alimentares à medida que novas evidências científicas emergem, priorizando sempre a saúde e o bem-estar a longo prazo.