Reuniões entre aldeias que entraram em conflito no PR não chegam a acordo, e mais de 200 indígenas seguem desabrigados

Briga aconteceu em Pitanga, região central do Paraná, no sábado (4). Casas foram incendiadas, e indígenas não podem continuar em colégio, pois aulas começarão em breve. As aldeias da etnia Kaingang que brigaram entre si na cidade de Pitanga, região central do Paraná, não chegaram a um acordo e mais de 200 indígenas seguem desabrigados após terem as casas incendiadas pelo grupo rival.
O conflito aconteceu na madrugada de sábado. Pelo menos sete vítimas tiveram ferimentos graves e 60 casas foram queimadas. Relembre mais detalhes abaixo.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
O vice-presidente do Conselho Estadual dos Povos Indígenas, cacique Miguel Alves, intermediou as duas reuniões que aconteceram nesta terça-feira (7). Uma delas foi feita pela manhã na aldeia Ivaí, e outra conduzida à tarde na aldeia Serrinha.
Nenhuma delas cedeu, segundo ele, o que significa que os indígenas da Ivaí não concordam que a comunidade da Serrinha continue vivendo nas terras em que estava. Por outro lado, os indígenas da Serrinha não pretendem sair do local.
Conforme o cacique, após a tentativa falha de um acordo entre as aldeias, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) está a caminho de Guarapuava, que fica a cerca de uma hora de Pitanga, para tentar conversar com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF).
A ideia é decidir os próximos passos para mediação e o destino das famílias desabrigadas, uma vez que os indígenas estão no Colégio Estadual do Campo São João da Colina, que deve iniciar o ano letivo em 5 de fevereiro.
O g1 tentou contato com a Funai, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.
Cerca de 60 casas foram queimadas no conflito
Polícia Militar
LEIA TAMBÉM:
Investigação: Corpo de mulher é encontrado em rio do Paraná um dia após ex dela morrer em acidente; polícia investiga relação entre as mortes
Acidente: Carreta carregada com 32 toneladas de serragem tomba, pega fogo, e interdita BR-376 no Paraná
Canabidiol: Prefeito de Londrina veta distribuição gratuita de medicamentos à base de canabidiol
Relembre a briga entre as aldeias
Foram 242 indígenas, entre eles 35 crianças, que precisaram ser abrigados em uma escola do campo em Pitanga, na região Central do Paraná, após o conflito entre as aldeias.
De acordo com a Polícia Militar (PM-PR), a briga aconteceu na madrugada de sábado (6). Assista o vídeo dos estragos abaixo.
Briga entre aldeias termina com 200 indígenas Kaigang desabrigados e 60 casas queimadas
A RPC, afiliada da Globo no Paraná, apurou que os membros das duas aldeias viviam em uma só comunidade até o começo de 2024, mas se separaram depois que começaram a divergir sobre questões de liderança.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o conflito de sábado começou depois que indígenas da aldeia Ivaí, da cidade de Manoel Ribas, foram de carro até o limite com a aldeia da Serrinha, em Pitanga, para cuidar de máquinas agrícolas que estavam aplicando veneno em uma lavoura.
No local, ainda segundo a PM, os indígenas de Ivaí foram espancados pelos membros da aldeia rival.
O registro da PM diz, também, que após as primeiras agressões, indígenas da aldeia Ivaí souberam da confusão e foram até o local onde começou uma briga generalizada.
Seis pessoas ficaram gravemente feridas e foram internadas em um hospital de Manoel Ribas. Outras pessoas tiveram ferimentos leves e foram socorridas por equipes da Secretaria Municipal de Saúde de Pitanga.
No conflito, os indígenas que viviam na aldeia da Serrinha tiveram as casas e veículos incendiados.
A Polícia Civil (PC-PR) segue investigando o caso.
VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná
Leia mais notícias no g1 Paraná.

Keep Up to Date with the Most Important News

By pressing the Subscribe button, you confirm that you have read and are agreeing to our Privacy Policy and Terms of Use
Advertisement