O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na cidade de Belém, Pará, com o objetivo de reforçar a segurança durante a realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). A medida, solicitada pelo governador Helder Barbalho, visa intensificar a presença das forças de segurança, com foco no combate a facções criminosas, escolta de autoridades nacionais e internacionais e a garantia da tranquilidade necessária para o desenvolvimento da conferência, um evento de magnitude global que discute as urgentes questões climáticas. A GLO é uma ação excepcional que permite ao Presidente da República, em situações de grave instabilidade e risco à ordem pública, mobilizar as Forças Armadas para atuar em tarefas de segurança pública, complementando o trabalho ordinário das polícias estaduais e federal, e neste caso, visa criar um ambiente seguro e estável para os milhares de participantes esperados. A decisão presidencial reflete a preocupação em assegurar que a COP30 transcorra sem incidentes, permitindo que os representantes de quase 200 países e organizações presentes possam se concentrar nas discussões e na busca por soluções para a crise climática. Documentos obtidos pela imprensa revelam que a operação de segurança incluirá o uso de veículos blindados para a escolta e que a mobilização militar visa além da proteção direta dos participantes, abrangendo a vigilância de áreas estratégicas e a repressão a atividades criminosas que possam ameaçar a ordem pública durante o período da conferência. A preparação para a COP30 tem sido marcada por um esforço logístico e de segurança considerável. A expectativa é que a conferência reúna cerca de 57 líderes mundiais, embora nomes como Donald Trump e Javier Milei não estejam entre os confirmados, o que ainda levanta debates sobre a participação de figuras políticas relevantes. A necessidade de reforço na segurança, incluindo a atuação das Forças Armadas sob o regime de GLO, sublinha a complexidade do evento e os desafios inerentes à garantia da segurança em grandes eventos internacionais, especialmente em uma cidade que se prepara para receber delegações de todo o planeta. Apesar dos esforços, a proximidade da data de início da conferência, a menos de uma semana de distância, ainda expõe algumas fragilidades na infraestrutura e na organização. Relatos indicam que alguns pavilhões ainda estão em fase final de obras e que a presença militar já se faz notar nas ruas, um prenúncio da intensa movimentação que tomará conta da cidade. A GLO, nesse contexto, torna-se uma ferramenta crucial para mitigar riscos e assegurar que Belém possa sediar a COP30 com a infraestrutura e a segurança adequadas para seu status de anfitriã de um dos debates mais importantes do século XXI: a ação climática global. A conferência em si é um marco, sendo a primeira vez que um evento deste porte sobre clima acontece na Amazônia, reforçando a importância da região nos debates mundiais sobre preservação ambiental e desenvolvimento sustentável, o que naturalmente atrai um alto nível de atenção e, consequentemente, de preocupação com a segurança.