Ibovespa finaliza pregão em baixa, influenciado por fatores externos e domésticos
O Ibovespa fechou o pregão desta terça-feira no campo negativo, evidenciando um sentimento de cautela entre os investidores. Diversos fatores contribuíram para essa dinâmica, com destaque para o panorama externo, que tem sido marcado por incertezas geopolíticas e dados econômicos mistos de grandes economias. A tensão entre Estados Unidos e China, por exemplo, continua no radar e adiciona uma camada de volatilidade aos mercados globais, impactando diretamente o fluxo de capital para economias emergentes como o Brasil. O ambiente doméstico também apresentou seus desafios. A expectativa em relação aos próximos passos do governo em relação à política fiscal gerou apreensão, especialmente a possibilidade de medidas que possam impactar negativamente as contas públicas. Rumores sobre o fim de tarifas ou discussões sobre novos pacativos fiscais aumentaram a incerteza sobre a trajetória da dívida pública e o cenário inflacionário. Além disso, o desempenho de ações de empresas consideradas âncora do índice pesou sobre o Ibovespa. A Vale, com sua forte exposição ao mercado de commodities, sentiu o impacto da volatilidade nos preços internacionais de minério de ferro, enquanto a Petrobras enfrentou pressão devido às oscilações no preço do petróleo e às incertezas regulatórias que historicamente cercam a companhia. Neste cenário, os investidores aguardam com expectativa a divulgação de balanços corporativos e de outros indicadores econômicos que possam trazer maior clareza sobre as perspectivas futuras. A prévia do PIB, divulgada recentemente, ofereceu alguns sinais, mas ainda há um espaço considerável para especulação sobre a força da recuperação econômica. A interação entre o Brasil e os Estados Unidos em temas comerciais e diplomáticos também é observada de perto, podendo influenciar o apetite por risco no curto a médio prazo.