Carregando agora

Bahia registra primeira morte por suspeita de intoxicação com metanol; casos preocupam em 5 estados

A Bahia registrou o primeiro óbito com suspeita de intoxicação por metanol, um álcool tóxico que tem causado grande preocupação em diversas regiões do Brasil. O caso na Bahia eleva o alerta das autoridades sanitárias, uma vez que o país já contabiliza 113 notificações de intoxicação pela substância em cinco estados e no Distrito Federal. A complexidade da situação exige monitoramento constante e ações de prevenção para evitar novas vítimas.

O metanol, diferentemente do etanol (o álcool comum de bebidas), é um composto altamente perigoso, mesmo em pequenas quantidades. Quando ingerido, pode causar danos irreversíveis ao nervo óptico, levando à cegueira, e lesões graves no sistema nervoso central e em outros órgãos vitais. Seus sintomas de intoxicação incluem dor abdominal, náuseas, vômitos, dores de cabeça, tontura e dificuldade respiratória, evoluindo rapidamente para coma e morte em casos severos. A contaminação ocorre quando o metanol é adicionado indevidamente a bebidas alcoólicas, muitas vezes para baratear a produção, especialmente em mercados clandestinos ou informais.

Em resposta à crise, o estado de São Paulo, que tem sido um dos mais afetados, reforçou seu estoque com 2.500 ampolas de um antídoto crucial no tratamento da intoxicação por metanol: o fomepizol. Este medicamento atua inibindo o metabolismo do metanol no corpo, dando tempo para que o organismo o elimine antes que cause danos severos. Essa medida preventiva demonstra a gravidade da situação e a necessidade de garantir o acesso ao tratamento para todos os pacientes necessitados, enquanto as investigações sobre a origem e distribuição das bebidas contaminadas continuam.

A crise do metanol tem impactado não apenas a saúde pública, mas também a vida noturna e a economia. Bares e estabelecimentos que vendem bebidas destiladas enfrentam um clima de apreensão, com muitos consumidores preferindo evitar esses produtos por medo da contaminação. A pergunta que se torna cada vez mais relevante é: quais bebidas apresentam risco de contaminação com metanol? A resposta aponta para destilados de origens duvidosas, produtos artesanais sem controle de qualidade e outras bebidas alcoólicas onde o metanol possa ter sido adicionado de forma fraudulenta. O controle sanitário e a conscientização da população sobre os riscos são fundamentais para mitigar os efeitos desta grave crise.