Um cardiologista renomado da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) emitiu um alerta importante concernant o uso de medicamentos para pessoas com pressão arterial registrada em 14 por 9 mmHg. Essa medição, que historicamente era considerada limítrofe, agora pode indicar a necessidade de intervenção médica em muitas situações, especialmente à luz das novas diretrizes que revisaram os valores de referência para hipertensão e pré-hipertensão. A SBC, em conjunto com outras organizações de cardiologia globais, tem buscado refinar os critérios de diagnóstico para garantir um tratamento mais eficaz e preventivo de complicações cardiovasculares.
O especialista enfatiza que a pressão arterial de 14 por 9mmHg, embora possa ter sido anteriormente classificada de forma diferente, agora se enquadra em um patamar que exige atenção médica. A hipertensão arterial é um fator de risco significativo para doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais (AVC), insuficiência renal e outros problemas de saúde graves. Portanto, a decisão de iniciar ou ajustar a medicação deve ser cuidadosamente avaliada por um profissional de saúde, levando em conta não apenas o valor da pressão, mas também o histórico clínico completo do paciente, a presença de outros fatores de risco e a existência de comorbidades.
As novas diretrizes, que sugerem que uma pressão de 12 por 8 mmHg pode ser considerada pré-hipertensão, indicam uma tendência a uma abordagem mais proativa na prevenção e controle da pressão alta. Essa mudança de paradigma visa interceptar o desenvolvimento da hipertensão em estágios iniciais, antes que danos significativos ao sistema cardiovascular ocorram. A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), que promove o consumo de frutas, vegetais, laticínios com baixo teor de gordura e grãos integrais, é frequentemente recomendada como uma estratégia de primeira linha ou complementar ao tratamento medicamentoso.
Além da alimentação e da medicação, o estilo de vida desempenha um papel crucial no manejo da pressão arterial. O cardiologista reitera a importância da prática regular de exercícios físicos, da manutenção de um peso corporal saudável, da redução do consumo de sódio, da moderação no consumo de álcool e da cessação do tabagismo. Essas medidas combinadas oferecem um tratamento holístico e podem, em muitos casos, reduzir a necessidade de medicamentos ou otimizar sua eficácia, promovendo uma saúde cardiovascular mais robusta a longo prazo. A consulta com um cardiologista é fundamental para um plano terapêutico individualizado.