O remake da icônica novela Vale Tudo, que prometia atualizar a trama clássica para os dias atuais, tem gerado insatisfação entre o elenco, especialmente entre as atrizes que interpretam o casal lésbico da história. Relatos indicam que Maeve Jinkings e Lorena Lima, que dão vida às personagens, estão decepcionadas com o direcionamento de suas carreiras dentro da trama, que não tem lhes concedido o espaço e a profundidade esperados. A crítica central gira em torno da pouca relevância dada à relação homoafetiva, que em muitos momentos parece secundária ou subutilizada, destoando das expectativas de representatividade e diversidade em produções contemporâneas. Essa situação tem gerado um clima de apreensão e debate nos bastidores da produção, levantando questões sobre a adaptação fiel e a sensibilidade em retratar relacionamentos sob uma nova ótica. A intenção de trazer personagens LGBTQIA+ para a novela, embora louvável, parece não ter se concretizado de forma satisfatória para parte do elenco envolvido, gerando um sentimento de oportunidade perdida em discutir temas relevantes e promover identificação com um público cada vez mais diverso. Esse descontentamento também se estende a outros artistas, que compartilham a preocupação generalizada sobre a qualidade e o fôlego de seus papéis no remake. O impacto dessas insatisfações nos resultados finais da novela e na recepção do público ainda é uma incógnita, mas certamente adiciona uma camada de complexidade à já desafiadora tarefa de reviver um clássico tão querido da teledramaturgia brasileira, que abordava temas como ostentação, moralidade e ascensão social de maneira inovadora para sua época e que agora busca se reinventar. A forma como a Globo e a autora Manuela Dias lidarão com essas críticas e buscarão reequilibrar a narrativa será crucial para o sucesso do remake e para a satisfação de seu elenco e audiência, que esperam uma produção que honre a memória do original, mas que também dialogue com as demandas e sensibilidades do presente, incluindo uma representatividade mais robusta e significativa para todos os seus personagens, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. A expectativa é que haja ajustes para que a trama possa explorar melhor todos os seus potenciais, garantindo que o remake de Vale Tudo possa gerar o impacto desejado, tanto em termos de audiência quanto de discussão social, utilizando um elenco talentoso que clama por mais espaço para desenvolver seus personagens e suas histórias. A notícia também levanta questionamentos sobre a própria abordagem da jornalista e autora Manuela Dias, uma vez que outros atores, como Luis Lobianco, que interpreta Freitas, também emitiram opiniões sobre a construção de alguns personagens e a linha narrativa.