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Terra Gira Mais Rápido: Entenda o Fenômeno do Dia Mais Curto do Ano

Na quarta-feira, 9 de novembro, o planeta Terra atingiu a marca do dia mais curto do ano, um evento astronômico peculiar que tem gerado curiosidade e algumas preocupações. Este fenômeno ocorre devido a uma ligeira aceleração na rotação da Terra, que faz com que o dia dure frações de segundo a menos. Embora imperceptível para o cotidiano humano, essa variação na velocidade de rotação é monitorada por cientistas e pode ter implicações em sistemas de alta precisão que dependem do tempo atômico, como redes de comunicação e GPS. Essa velocidade crescente na rotação terrestre não é um evento isolado e tem sido observada de forma gradual. Cientistas atribuem essa aceleração a uma série de fatores complexos relacionados às dinâmicas internas do planeta, como os movimentos no núcleo de ferro líquido, a redistribuição de massa nas camadas superiores e até mesmo os efeitos das marés oceânicas e atmosféricas. A última vez que um dia tão curto foi registrado foi em julho de 2020, que se tornou o segundo dia mais curto da história desde que as medições precisas começaram a ser feitas. As previsões indicam que essa tendência de encurtamento dos dias pode continuar, com potencial para quebrar novos recordes de velocidade de rotação. Essa constatação levanta debates sobre a necessidade de ajustes nos relógios atômicos globais, conhecidos como Tempo Atômico Internacional (TAI), para sincronizá-los com o tempo sideral médio da Terra (UT1). A possibilidade de quebra de recordes de dias mais curtos se torna ainda mais relevante quando consideramos os sistemas tecnológicos que dependem da sincronização temporal precisa. A implementação de um possível ajuste conhecido como “segundo bissexto negativo” é uma das discussões em pauta entre os órgãos reguladores do tempo. No entanto, a maioria dos especialistas concorda que, por enquanto, as variações são tão mínimas que não representam um risco para a vida na Terra ou para o funcionamento geral dos sistemas existentes, sendo mais um ponto de interesse científico do que de alarme.