A 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres teve início nesta segunda-feira (29) em Brasília, reunindo representantes de todo o país para um amplo debate sobre o presente e o futuro das políticas destinadas às mulheres brasileiras. O evento, promovido pelo governo federal em parceria com diversos setores da sociedade civil, tem como pauta principal a discussão e a formulação de propostas que visam o aprofundamento da igualdade de gênero e o fortalecimento da democracia em todas as esferas de atuação política e social. A conferência é considerada um marco importante para a mobilização e a articulação de diferentes vozes em prol de avanços concretos. O acesso à justiça, a erradicação da violência contra a mulher, a promoção da autonomia econômica e a garantia de representatividade política são alguns dos eixos centrais que norteiam os debates entre as delegadas e os delegados presentes. A participação ativa de mulheres de diferentes regiões, etnias, classes sociais e identidades sexuais enriquece a pluralidade de perspectivas, buscando construir um plano nacional de políticas públicas mais inclusivo e efetivo. A participação da sociedade civil, incluindo movimentos feministas e organizações não governamentais, é fundamental para a proposição de medidas que realmente atendam às demandas e necessidades das mulheres em todo o território nacional. A diversidade de abordagens e experiências apresentadas durante a conferência servirá como base para a elaboração de documentos e recomendações que serão encaminhados aos órgãos competentes, buscando influenciar a agenda governamental e a legislação do país. Temas como a paridade em cargos de liderança, o combate ao assédio em todos os ambientes e a necessidade de um olhar mais atento para as especificidades das mulheres negras, indígenas, LGBTQIA+ e com deficiência, estão em destaque nas discussões. Uma das proposições que ganha força no debate é o fim do financiamento a comunidades terapêuticas, um tema complexo que envolve discussões sobre saúde mental, direitos humanos e a eficácia de tais abordagens no tratamento de dependência química, levantando pontos de vista divergentes e a necessidade de políticas públicas alternativas e mais humanizadas. O evento não se limita a discussões internas, mas busca também dialogar com a sociedade em geral, conscientizando sobre a importância de um país mais justo, igualitário e com maior participação feminina na tomada de decisões. A expectativa é que a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres resulte em um conjunto robusto de recomendações e em uma agenda estratégica que impulsione o país rumo a um futuro com mais respeito aos direitos humanos e à plena cidadania das mulheres.