Cessar-fogo: palestinos que Israel deve liberar incluem condenados por terrorismo e moradores de Gaza sem relação com atentado de 7 de outubro

Israel se comprometeu a libertar 2 mil prisioneiros para receber cerca de 100 reféns e corpos de israelenses que ainda estão em poder do Hamas. Previsão é que trocas comecem neste domingo (19), após início de um cessar-fogo. A filha de Mohammad al-Halabi, trabalhador humanitário palestino preso em 2016, mostra foto dele enquanto família se reúne após receber notificação de sua libertação
Bashar Taleb/AFP
Israel deve começar a libertar, a partir deste domingo (19), quase 2 mil palestinos como parte do acordo de cessar-fogo em Gaza.
Entre os beneficiados estão desde moradores de Gaza detidos após o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, início do conflito, e que não participaram do ato, até palestinos condenados por Israel à prisão perpétua por terrorismo.
Segundo o jornal israelense Haaretz, entre cerca de 700 prisioneiros a serem libertados na primeira fase está Mohammad Abu Warda, condenado 48 vezes à prisão perpétua por participação em dois atentados a bomba em Jerusalém, realizados em 1996, que deixaram 45 mortos.
Outro é Tabet Mardawi, um líder do grupo Jihad Islâmica. Preso na Cisjordânia em 2002, ele é acusado de envolvimento no assassinato de 20 israelenses em vários ataques.
Também está entre os prisioneiros a serem libertados Mohammad al-Halabi, trabalhador humanitário palestino e gerente de operações em Gaza da organização de ajuda humanitária World Vision International, preso na passagem de fronteira de Erez com Israel, em 2016.
O acordo, assinado nesta sexta-feira (17), prevê ainda que o Hamas devolva cerca de cem pessoas sequestradas pelo Hamas em 2023 e que Israel interrompa os bombardeios na Faixa de Gaza.

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