Proposta prevê que, entre vivos e mortos, os cativos sejam libertados ou tenham seus corpos entregues; lista inclui menores de 19 anos, mulheres, doentes e homens com mais de 50 anos Os gabinetes de Segurança e ministerial de Israel aprovaram, nesta sexta-feira (17), um acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas, que prevê inicialmente a libertação de 33 reféns e centenas de prisioneiros palestinos, bem como a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. O acordo está previsto para entrar em vigor neste domingo (19) às 12h15 locais (7h15 no horário de Brasília), quando três reféns devem ser libertados. Espera-se que o Hamas divulgue a identidade do trio apenas no dia da libertação, informou o jornal israelense Haaretz. Conheça abaixo, com o infográfico, os 33 reféns que estão previstos para ser libertados:
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Conheça os 33 reféns que devem ser libertados neste domingo (19)
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De acordo com plano de maio apresentado pelos EUA, que é a base do acordo aprovado agora, a proposta prevê a libertação — ou entrega de corpos — de 33 reféns na primeira etapa, incluindo: (1) mulheres (cada uma delas em troca de 30 prisioneiras palestinas); (2) menores de 19 anos (cada um em troca de 30 menores presos); (3) homens idosos com mais de 50 anos (cada um em troca de 30 idosos presos); (4) civis feridos ou doentes (em troca de presos doentes, mas limitado a 15 anos de tempo restante de prisão); e soldados mulheres (cada uma em troca de 50 prisioneiros palestinos, dos quais 30 condenados à prisão perpétua e 20 a outras penas limitadas a sentenças de 15 anos).
Palestinos celebram em Khan Younis, na Faixa de Gaza, o acordo de cessar-fogo com Israel
Bashar Taleb/AFP
A previsão é de que os reféns sejam libertados gradualmente ao longo de 42 dias, com a seguinte divisão: no primeiro dia, três; no sétimo, quatro; no 14º, três; no 21º, três; no 28º, três; no 35º, três, com os 14 remanescentes na última semana da primeira fase. Estima-se que os prisioneiros palestinos devem começar a ser libertados gradualmente em relação aos reféns só depois das 16h locais (11h em Brasília) deste domingo (19).
Manifestantes exigem a libertação de reféns israelenses em Gaza em ato em frente ao Ministério da Defesa de Israel
Jack Guez/AFP
Os 33 reféns, incluindo dois que foram sequestrados há dez anos, estão entre os 96 cativos (israelense e estrangeiros) ainda em Gaza desde o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023 contra Israel, que desencadeou a guerra — 157 foram resgatados em uma trégua em novembro de 2023 ou em operações militares. De acordo com o jornal israelense Haaretz, 36 estão mortos. Entre os reféns listados para essa primeira etapa, de acordo com o Haaretz, estão os irmãos Bibas, Ariel e Kfir, este último sequestrado quando tinha apenas dez meses.
Protesto: Em Tel Aviv, manifestantes pedem a libertação dos reféns e criticam a demora do governo de Israel em negociar com o Hamas
AFP
As negociações para uma segunda e terceira fases começariam no “16º dia” após a implementação do acordo. A segunda fase, explicou o Haaretz, incluirá a libertação dos 65 reféns remanescentes. Apesar disso, não há garantias de que o acordo seguirá em vigor até o fim das primeiras semanas previstas ou prosseguirá para além da primeira fase.
Home Infográfico mostra os 33 reféns que devem ser libertados em 1ª fase do acordo entre Israel e Hamas; veja