Reprodução EPTV
O valor médio dos imóveis para venda em Campinas (SP) cresceu 11% em 2024, a maior variação da série histórica iniciada em 2014. Os dados, divulgados nesta terça-feira (7), são do índice FipeZap e mostram que o preço do médio quadrado na metrópole passou de R$ 6.187 para R$ 6.888.
O aumento nos preços de imóveis em Campinas superou a inflação ao consumidor e a média de crescimento do índice. Veja indicadores de 2024:
Variação em Campinas (FipeZap): 11,0%
Índice FipeZap Nacional: +7,73%
IGP-M (até novembro): +6,54%
IPCA (Inflação): +4,64%
O índice FipeZap afere o preço média de venda em Campinas há 11 anos. Desde então, em três anos (2017, 2018 e 2021) houve variação negativa e no pós-pandemia ocorreu um crescimento expressivo. Veja no gráfico o ano a ano:
Variação do preço em 2024
Crescimento por cidade do estado
O aumento do preço dos imóveis em Campinas em 2024 superou a variação da capital paulista e de outras cidades de porte parecido no estado de São Paulo, como São Bernardo do Campo e Guarulhos. A metrópole só não teve aumento superior a Santos e São José dos Campos. Veja abaixo a variação por cidade:
Santos: +13,50%
São José dos Campos: +12,26%
▶ Campinas: +11,00%
Guarulhos: +10,86%
Praia Grande: +10,57%
Barueri: +10,34%
São Bernardo do Campo: +9,11%
São José do Rio Preto: +8,98%
São Caetano do Sul: +8,67%
Ribeirão Preto: +8,21%
Santo André: +5,74%
Osasco: +7,81%
Guarujá: +6,94%
São Paulo: +6,56%
São Vicente: +5,81%
Diadema: +4,58%
Valor por metro quadrado (m²)
Apesar do crescimento significativo em 2024, Campinas ainda apresenta um preço médio de metro quadrado abaixo da média nacional, que é de R$ 8.750. Veja preço por cidade do estado:
São Paulo: R$ 11.374
Barueri: R$ 10.844
São Caetano do Sul: R$ 8.545
São José dos Campos: R$ 8.233
Osasco: R$ 7.933
Santos: R$ 7.322
Santo André: R$ 7.196
▶ Campinas: R$ 6.888
Guarulhos: 6.816
São Bernardo do Campo: 6.511
Demanda reprimida
Para o economista Roberto Brito de Carvalho, professor da PUC-Campinas, o aumento expressivo do preço de venda em Campinas está relacionado a alguns fatores:
Valorização do metro quadrado por conta do aumento no número de empreendimentos imobiliários verticais e horizontais em bairros nobres e também na periferia, ou seja, lotes e apartamentos de condomínio em vez de casas tradicionais;
Demanda reprimida por imóveis de no máximo dois quartos, que faz com que os preços médios subam;
“Por ser uma cidade universitária, aonde você tem a migração de jovens para cá, muitos deles se colocam em boas condições do mercado de trabalho e acabam não retornando. Eles iniciam a vida profissional e, consequentemente, vão buscando melhores condições de habitação, provocando a ampliação dos preços de maneira geral, mas especialmente dentro desse universo de apartamento de um ou dois dormitórios”, explicou Brito.
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