Vendas de carros híbridos e elétricos batem recorde em 2024; veja os mais vendidos

Em 2024 foram mais de 177 mil veículos vendidos, 27 mil além da previsão para o ano. Os carros híbridos que não tracionam as rodas, como Fastback e Pulse, não serão contabilizados em 2025. Nissan irá vender Leaf junto com wallbox
Divulgação
Em 2024 as vendas de carros elétricos e híbridos zero km foram quase 90% maiores que nos 12 meses de 2023. Os dados são da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
O novo recorde acontece quatro meses depois da entidade apontar que, em agosto, as vendas deste tipo de veículo já ultrapassavam a soma de todo 2023.
A ABVE aponta 177.538 veículos novos e eletrificados vendidos em 2024. A previsão para o ano passado era de 150 mil emplacamentos e, quando comparamos com os 12 meses de 2023, as vendas do ano acabado recentemente representam crescimento de 89%.
Naquele ano foram comercializados 93.927 automóveis híbridos e totalmente elétricos no Brasil.
“Foi um ano espetacular para a eletromobilidade, um ano de crescimento sustentável e números muito expressivos”, disse Ricardo Bastos, presidente da ABVE.
Veja quais foram os 10 carros elétricos e híbridos mais vendidos de 2024:
BYD Song Plus GS: com 16.855 unidades;
BYD Dolphin Mini (com 4 lugares): com 13.412 unidades;
Toyota Corolla Cross XRX: com 11.322 unidades;
BYD Dolphin GS: com 11.274 unidades;
BYD Dolphin Mini (com 5 lugares): com 6.702 unidades;
GWM Haval H6 HEV: com 6.321 unidades;
GWM Haval H6 PHEV 19: com 4.771 unidades;
GWM Haval H6 PHEV 34: com 4.658 unidades;
GWM Haval H6 HEV GT: com 4.438 unidades;
BYD Song Pro GS: com 3.950 unidades.
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Nem todo híbrido é igual
Carro eletrificado inclui tanto o totalmente elétrico quanto o híbrido, mas o segundo abrange diferentes tecnologias que ajudam a reduzir o consumo de combustível, ou eliminá-lo em alguns momentos.
No mercado, temos os seguintes modelos híbridos:
PHEV: veículos movidos a bateria e motor a combustão, que precisam de recarga em tomada ou eletropostos, mas podem utilizar o sistema tradicional de motores como gerador para recarga da energia elétrica. Nesses casos, o consumo de combustível pode variar entre 20 e 40 quilômetros por litro. Em praticamente todos os automóveis dessa categoria, é possível dirigir alguns quilômetros sem consumir uma gota de gasolina.
HEV: veículos movidos a bateria e motor a combustão, com recarga da energia ocorrendo pelo próprio carro — sem tomada ou eletroposto. Neste caso, podem não conseguir andar apenas com tração elétrica e a autonomia geral (bateria + combustível) é menor que os PHEV.
HEV Flex: funciona exatamente como um HEV, com opção de utilizar etanol como alternativa à gasolina.
MHEV: veículos movidos exclusivamente por motor a combustão, com sistema elétrico adicionando pouca potência em alguns momentos ou reduzindo consumo de combustível por lidar com ar-condicionado.
Segundo a ABVE, as tecnologias de elétricos e híbridos ficaram separadas desta forma:
Híbrido plug-in (PHEV): 64.009 unidades;
Totalmente elétrico (BEV): 61.615 unidades;
Híbrido pleno flex (HEV): 20.277 unidades;
Híbrido leve ou micro-híbrido (MHEV): 16.185 unidades;
Híbrido pleno (HEV): 15.271 unidades.
Os modelos mais baratos são os híbridos leves, mas ainda assim eles não foram os mais vendidos de 2024. O campeão de emplacamentos é o híbrido plug-in, com 36,09%. A ABVE soma eles com os totalmente elétricos, que representam 34,74% das vendas e, juntos, estiveram em 71% de todos os carros zero km eletrificados vendidos no Brasil.
Em 2023 foram 52.359 carros híbridos plug-in e totalmente elétricos vendidos, contra 125.624 veículos em 2024 e eles representam crescimento de 140% em um ano.
ABVE vai desconsiderar os MHEV em 2025
Além dos números de 2024, a ABVE comunicou que vai desconsiderar as vendas de híbridos leves, quando eles não conseguem tracionar as rodas.
“Para a ABVE, é importante manter o foco na eletrificação real, ou seja, no crescimento da nossa indústria, na contribuição ao meio ambiente, nas vantagens econômicas efetivas e no esclarecimento do consumidor quanto ao que ele pode obter de retorno de cada uma das tecnologias”, comentou Bastos.
Para a entidade, os modelos como os Fiat Pulse e Fastback híbridos, não colaboram com grande redução na emissão de gases do efeito estufa, além do CO².

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