Como equilibrar as contas neste início de ano? Veja dicas de especialista

Pesquisa feita em todo o Brasil estima que quase 69 milhões de consumidores estavam inadimplentes em dezembro de 2024. Ou seja, cerca de 40% da população. Como equilibrar as contas neste início de ano?
Reprodução/TV Globo
O número de inadimplentes no Brasil cresceu em dezembro em relação ao mesmo mês de 2023. E começar o ano com dívidas não é nada fácil. Por isso, especialistas dizem que a saída é se planejar o ano todo.
Heidy Souza Sant’Anna é mãe de dois filhos, trabalha como auxiliar administrativo em São Paulo e é casada com o Wesley, que é auxiliar de motorista. A família está começando 2025 com as contas mais equilibradas. Mas nem sempre foi assim.
“Teve ano que a gente entrou bem apertado, enrolado no cartão de crédito, porque paga, usa e entra numa bola de neve”, diz Heidy.
“Neste ano, guardamos a segunda parcela do 13º [salário], pagamos as dívidas antigas e administramos as festas de fim de ano para entrar em janeiro sem dívidas.”
Se dezembro foi o mês de festas e alegria, janeiro é o mês da preocupação, com impostos, compra de material escolar.
Especialistas dizem que controlar os gastos nesse período é essencial para ter uma boa saúde financeira. Afinal, o ano só está começando. Então, o ideal é segurar a ansiedade e planejar a compra para meses mais tranquilos.
“Quando olhamos os nossos gastos, temos necessidades e desejos. Então, quando está caro pagar as necessidades, joga o desejo para frente, porque, se você não realizar agora, você vai realizar depois”, diz Ricardo Humberto Rocha, professor de finanças do Insper.
“Exemplo: quer trocar um computador. Precisa? Se não, deixa para depois. O celular. Precisa? Deixa para depois”, continua.
Uma pesquisa feita em todo o Brasil estima que quase 69 milhões de consumidores estavam inadimplentes em dezembro de 2024. Ou seja, cerca de 40% da população. E esse número é maior do que o registrado em dezembro de 2023.
Os economistas dão uma dica: a regra de planejar gastos vale para o ano inteiro.
“Se eu sou consciente no orçamento, eu consigo viver com ele. E, aí, para você não ter surpresas, é aquela velha recomendação que funciona: passou esse momento do sufoco, começa uma reserva de emergência”, diz Ricardo Humberto Rocha, do Insper.
Neste ano, a família da Heidy não vai viajar. Eles estão cortando gastos, anotando tudo no caderno, mês a mês. Tudo para poder realizar alguns sonhos: reformar a casa, comprar um carro e até, quem sabe, voltar para a faculdade.
“Agora, a gente pensa primeiro, para gastar depois. A matemática é exata, não tem erro. Se programando bem e pensando mais com a razão, dá certo”, conclui Heidy.

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