O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reagiu com veemência à notícia de um possível encontro entre seu homólogo russo Vladimir Putin e o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, programado para ocorrer no Alasca. Segundo relatos, a reunião teria como pauta a negociação de um cessar-fogo na Ucrânia, uma iniciativa que Zelensky considera problemática, especialmente pelo fato de a Ucrânia não ter sido incluída nas discussões preliminares. A postura de Zelensky reflete a profunda desconfiança de seu governo em relação a acordos que possam ser feitos à revelia de Kiev, colocando em risco a soberania nacional e a luta contra a ocupação russa. A própria ideia de que decisões sobre a paz e o território ucraniano possam ser tomadas em conversas bilaterais entre líderes estrangeiros, sem a participação direta da Ucrânia, é vista como um retrocesso perigoso e um desrespeito aos esforços contínuos do país para defender sua autodeterminação. A posição ucraniana é clara: qualquer negociação deve respeitar a integridade territorial e as fronteiras internacionalmente reconhecidas, princípio fundamental que tem norteado a política externa de Kiev desde o início do conflito. A unidade e o apoio internacional são cruciais, mas a participação ativa da Ucrânia em qualquer processo de paz é considerada inegociável. A possibilidade de Trump e Putin discutirem o futuro da Ucrânia sem a presença de representantes ucranianos levanta sérias preocupações sobre os termos que poderiam ser propostos, potencialmente favorecendo os interesses russos e ignorando as aspirações e o sofrimento do povo ucraniano. Zelensky tem sido enfático ao afirmar que a Ucrânia não entregará suas terras aos ocupantes, reiterando o compromisso em defender cada centímetro de seu território. Ele enfatizou que a paz duradoura só poderá ser alcançada através de um processo inclusivo e justo, onde a voz da Ucrânia seja ouvida e respeitada, garantindo a soberania e a segurança do país a longo prazo. O papel dos Estados Unidos e de outros aliados na manutenção da pressão sobre a Rússia e no apoio à Ucrânia é vital, mas a forma como essas negociações são conduzidas pode ter implicações significativas para o resultado do conflito. A comunidade internacional observa atentamente esses desenvolvimentos, ciente de que qualquer acordo que ignore os princípios de autodeterminação e integridade territorial da Ucrânia poderá ter consequências negativas para a estabilidade global e o direito internacional.