Voo com chefes do Comando Vermelho rumo a presídio federal vira o mais monitorado do mundo
A transferência de sete líderes proeminentes do Comando Vermelho (CV) para presídios federais de segurança máxima se tornou um dos eventos mais rigorosamente monitorados do mundo. O voo que transportou os criminosos foi cercado por um esquema de segurança sem precedentes, com vigilância intensa através de câmeras e o uso de celas individuais para isolar os detentos. Essa operação visa desarticular o poder da facção criminosa e dificultar a comunicação e o planejamento de atividades ilícitas mesmo de dentro da prisão. A medida, embora controversa em alguns aspectos, reflete a preocupação do Estado em conter a expansão e a influência do crime organizado que assola o país, especialmente o estado do Rio de Janeiro, que tem visto um aumento significativo no número de presos sob custódia federal. A divulgação da transferência por parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública foi criticada pela governadora do Rio de Janeiro, Cláudia Silva. Em resposta, a governadora defendeu a ação como necessária para a segurança pública, alegando que a notícia visa pressionar o governo federal a lidar com a crise de segurança no estado. Essa divergência de opiniões evidencia os desafios na coordenação entre os diferentes níveis de governo no combate ao crime. A lista de presos sob custódia federal, que agora inclui esses sete líderes do CV, é liderada pelo Rio de Janeiro. Essa realidade sublinha a magnitude do problema do crime organizado na região e a necessidade de ações contundentes e integradas. A transferência para presídios federais, geralmente localizados em regiões distantes e com protocolos de segurança mais rígidos, busca justamente quebrar os elos de comando e controle que essas lideranças mantêm com o exterior, dificultando a continuidade de suas operações criminosas e impactando suas organizações.