Carregando agora

Vocalista do A-ha se sente Injustiçado por Direitos Autorais de Take On Me

Morten Harket, a voz por trás de sucessos globais como Take On Me, revelou em entrevista recente seu sentimento de injustiça em relação à divisão dos direitos autorais da canção que se tornou um marco na história da música pop. Segundo o vocalista, ele recebe apenas 16% dos rendimentos gerados pela música, uma porcentagem que ele considera irrisória diante da magnitude do sucesso e de sua participação fundamental na criação de uma das faixas mais reconhecidas e duradouras da década de 1980. A declaração de Harket abre uma janela para as complexas negociações e acordos que regem a propriedade intelectual e financeira de obras musicais, especialmente aquelas que alcançam um status de fenômeno cultural. É comum que as composições e gravações envolvam múltiplos criadores, como compositores, letristas e produtores, e a divisão dos direitos autorais é regida por contratos que podem variar significativamente, refletindo a dinâmica de poder e as negociações da época da criação. A notoriedade global de Take On Me, impulsionada pelo seu videoclipe inovador e sua melodia cativante, transformou a música em um patrimônio cultural. O sucesso ininterrupto da canção em rádios, plataformas de streaming e em eventos ao vivo ao longo das décadas gerou uma receita considerável. A insatisfação de Harket, portanto, não se limita a uma questão meramente financeira, mas também toca no reconhecimento de sua parcela artística e do impacto que sua performance vocal teve na identidade sonora da música. Essa situação reacende debates importantes sobre a justiça na remuneração de artistas em relação ao legado de suas obras, especialmente em uma era onde a monetização da música passa por diferentes modelos. Analisar a estrutura de royalties na indústria musical revela que, tradicionalmente, os compositores (aqueles que escrevem a melodia e a letra) costumam deter a maior parte dos direitos autorais. Produtores, executivos de gravadoras e outros envolvidos na produção e distribuição também podem ter suas parcelas, definidas em contratos. Para um vocalista, a participação nos direitos autorais pode não ser automática e dependerá de acordos específicos, como ter sido coautor da composição ou ter negociado explicitamente uma porcentagem. No caso de Take On Me, a composição é creditada a Paul Waaktaar-Savoy, Magne Furuholmen e Pål Waaktaar-Savoy, o que, em muitos casos, explica a distribuição dos direitos autorais. A declaração de Harket, no entanto, sugere que, em sua percepção, a proporcionalidade ou a estrutura contratual empregada pode não ter levado em conta de forma justa sua contribuição vital para o sucesso da canção.