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Vice de Trump critica plano de Israel para anexar Cisjordânia como insulto e ameaça à paz

“Seria um erro trágico” se Israel decidisse anexar partes da Cisjordânia, disse o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, descrevendo tais planos como um “insulto” e uma “manobra política estúpida”, conforme amplamente noticiado pelos principais veículos de imprensa. A declaração de Pence veio em resposta às informações sobre a intenção do governo israelense de avançar com a anexação de áreas na Cisjordânia, uma medida que o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, já havia alertado que ameaçava a causa da paz e a estabilidade na região, especialmente em relação à Faixa de Gaza. Esses pronunciamentos sinalizam uma divisão dentro da própria administração Trump sobre a abordagem a ser adotada em relação ao conflito israelense-palestino, levantando questões sobre a estratégia de paz proposta pelos EUA.

A possibilidade de anexação de territórios palestinos pela Israel é um tema extremamente sensível e complexo, com profundas implicações legais e políticas sob o direito internacional. A comunidade internacional, em sua maioria, considera a anexação de territórios ocupados como ilegal e contrária às resoluções da ONU. A Cisjordânia é vista por muitos como um território palestino ocupado desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, e a construção de assentamentos israelenses nessas áreas tem sido consistentemente condenada. O plano de anexação, caso se concretize, poderia intensificar a violência e a instabilidade, dificultando ainda mais qualquer perspectiva de uma solução de dois estados para o conflito.

As críticas de Pence e Pompeo refletem a preocupação de que tal ação possa minar os esforços diplomáticos em andamento e a possibilidade de se alcançar um acordo de paz duradouro entre israelenses e palestinos. A menção específica à ameaça à paz em Gaza sugere que os EUA temem uma escalada de hostilidades com o Hamas e outros grupos militantes, que poderiam usar a anexação como pretexto para novas ações violentas. A administração Trump, apesar de ter apresentado seu próprio plano de paz (o “Acordo do Século”), parece agora enfrentar desafios internos e externos significativos para sua implementação, com as ações unilaterais por parte de Israel complicando o cenário.

A declaração de Mike Pence, em particular, tem sido interpretada como uma tentativa de moderar a posição de Israel e evitar medidas que poderiam ser vistas como provocativas. A preocupação com a percepção internacional e com as repercussões regionais parece ser um fator determinante nessas declarações. A postura dos Estados Unidos, tradicionalmente um aliado próximo de Israel, torna essas críticas ainda mais significativas e pode pressionar o governo israelense a reconsiderar seus planos de anexação, especialmente se as tensões com os palestinos e a ameaça à estabilidade internacional se intensificarem como resultado.