Venezuela intensifica defesa contra ameaças dos EUA e se prepara para possível ataque
A Venezuela está em alerta máximo diante da escalada das tensões com os Estados Unidos, levando o governo de Nicolás Maduro a ativar um plano de defesa robusto. Essa estratégia visa dissuadir qualquer ação militar por parte de Washington e proteger a soberania do país. Ex-agentes da CIA, em declarações à BBC e expostas pelo G1, detalham as potenciais operações que a agência poderia realizar em território venezuelano, sugerindo um cenário de guerra de guerrilha, sabotagem e desestabilização política. A natureza dessas operações, se confirmadas, sublinha a complexidade e os riscos envolvidos em um possível confronto direto, com a CIA empregando métodos não convencionais para alcançar seus objetivos estratégicos, minando a confiança nas instituições e exacerbando divisões internas. O Poder360 detalha as operações de inteligência que podem estar em curso, explorando vulnerabilidades e alavancando redes de informantes para coletar dados cruciais sobre as forças armadas, infraestrutura e liderança política venezuelana, bem como mapeando possíveis alvos de ataques e ações coercitivas, com o intuito de paralisar a capacidade de resposta do regime de Maduro.
Paralelamente à movimentação diplomática e de inteligência, a Venezuela tem buscado fortalecer suas capacidades militares. A presença de aeronaves de grande porte, como o bombardeiro B-52 americano, enviadas para a região, conforme noticiado pelo UOL Notícias, é vista como um sinal de força e demonstração de poder por parte dos EUA, podendo ser interpretado como um movimento de intimidação ou preparação para operações de maior escala. A doutrina Trump, mencionada pelo Estadão, que prioriza a ação unilateral e a projecções de poder militar, parece ser um elemento central na atual política externa americana em relação à Venezuela, indicando uma abordagem mais assertiva e menos inclinada a soluções multilaterais menos diretas. A Venezuela, por sua vez, reage com a intensificação de exercícios militares e a mobilização de suas reservas, buscando projetar uma imagem de resiliência e capacidade de defender seu território contra agressões externas.
A estratégia de defesa venezuelana envolve uma combinação de elementos tradicionais e não convencionais. Do lado militar, há um foco em fortificar posições estratégicas, diversificar fontes de armamento e treinar tropas para cenários de conflito assimétrico. No âmbito da inteligência, a Venezuela busca antecipar e neutralizar operações de desestabilização orquestradas externamente, reforçando a vigilância em áreas sensíveis e intensificando a contra-inteligência. A intenção é dificultar qualquer tentativa de intervenção, elevando os custos políticos, econômicos e militares para os potenciais agressores. A narrativa oficial do governo venezuelano é de que o país está respondendo a uma ameaça existencial, o que tem sido utilizado para consolidar o apoio interno e justificar medidas de austeridade e mobilização.
As implicações de um possível ataque norte-americano à Venezuela vão muito além do território sul-americano, com potencial para desestabilizar toda a região. A comunidade internacional observa com apreensão, com muitos países apelando por uma solução pacífica e diplomática. No entanto, a intransigência de ambas as partes e a retórica cada vez mais confrontadora criam um cenário volátil. A Venezuela, ciente de sua inferioridade militar convencional, aposta em uma defesa prolongada, na guerrilha urbana e na resistência popular, buscando transformar o país em um campo de batalha de difícil controle para qualquer força invasora, ao mesmo tempo em que busca apoio internacional para isolar os Estados Unidos.