Venezuela acusa EUA de interceptar barco pesqueiro em suas águas e inicia treinamento de civis
O governo de Nicolás Maduro, através de comunicados oficiais divulgados pela imprensa estatal e por órgãos de comunicação alinhados ao regime, acusou veementemente os Estados Unidos de uma nova incursão hostil e ilegal em águas territoriais venezuelanas. Segundo as autoridades venezuelanas, um barco pesqueiro foi interceptado e retido por aproximadamente oito horas por embarcações americanas, que teriam agido de forma agressiva e ameaçadora. A Venezuela considera que tal ação viola sua soberania e o direito internacional, elevando as tensões entre os dois países em meio a um cenário político já bastante conturbado. A narrativa oficial busca construir uma imagem de agressão externa contra a nação sul-americana, visando unificar o apoio interno em torno da figura de Maduro. Essa acusação surge em um contexto de crescentes sanções americanas contra o governo venezuelano e de esforços diplomáticos dos EUA para isolar o regime e apoiar a oposição. A presença naval americana na região, por vezes justificada como parte de operações de combate ao narcotráfico, é frequentemente vista por Caracas como uma clara demonstração de força e uma tentativa de intimidação, com o objetivo de minar a estabilidade do governo atual e pressionar por uma transição política. A Venezuela tem reiterado sua posição de defesa intransigente de suas fronteiras marítimas e terrestres contra qualquer ingerência estrangeira. Em uma demonstração de sua política de defesa e de preparação para um eventual confronto, o presidente Nicolás Maduro anunciou a convocação de todos os jovens venezuelanos alistados ao serviço militar para que se apresentem aos quartéis. O objetivo declarado é aprimorar suas habilidades de combate, com foco especial no manejo de armamentos e técnicas de tiro. Paralelamente a essa medida, o governo venezuelano iniciou um programa de treinamento militar para civis, capacitando a população em técnicas de defesa e resistência, em uma clara estratégia de mobilização e preparo para cenários de conflito, refletindo uma postura de confronto direto com a política externa dos Estados Unidos na região. Analistas internacionais observam que tais ações por parte do governo Maduro podem ser interpretadas como uma tentativa de desviar a atenção da crise econômica e social interna, projetando uma imagem de força e resistência contra o que é descrito como imperialismo americano. A capacitação de civis para o combate também pode ser vista como uma medida para fortalecer a base de apoio popular e criar uma força de resistência armada em caso de intervenção externa hipotética. A comunidade internacional, por sua vez, acompanha com atenção a escalada das tensões e as medidas adotadas por ambos os governos, buscando evitar um conflito de maiores proporções que poderia desestabilizar ainda mais a região.